Há cerca de 3.500 milhões de anos, as cianobactérias mudaram drasticamente a composição da atmosfera ao produzir oxigênio livre proveniente da fotossíntese e transformar nitrogênio gasoso em nitrogênio radioativo - indispensável para o desenvolvimento de proteínas. Tais mudanças foram chave na formação da vida na Terra. Atualmente, os microorganismos marinhos continuam sendo o motor da biosfera, no entanto, as mudanças climáticas podem alterar isso.
O plâncton ajuda na respiração do planeta uma vez que produz 270 milhões de toneladas de oxigênio por ano e absorve, em troca, 2.000 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) - o gás que agrava o efeito estufa. Graças a estes microorganismos, os oceanos absorvem cerca de um terço das emissões globais de CO2.
Entretanto, segundo dados da Fundação BBVA, os impactos do aquecimento global podem influenciar nesse processo de absorção de CO2. Nos últimos anos, as emissões de gases poluentes triplicaram em relação às décadas anteriores, e contribuíram para acelerar o efeito estufa. Em contrapartida, os oceanos absorvem cada vez menos dióxido de carbono.
De acordo com Jorge Sarmiento, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidosz a maior culpa por essas emissões desenfreadas é de países em desenvolvimento e industrializados, como a China.
Muitos cientistas têm recorrido ao método da geoengenharia para estimular o desenvolvimento de plânctons nos oceanos. A importância dos microorganismos é desconhecido da público, mas regula a formação das nuvens ao contribuir com partículas essenciais na condensação da água. Eles não só contribuem para o sistema climático, como também para o tempo meteorológico diário.
(Redação SRZD, 08/10/2008)