A Ilha do Presídio, em Porto Velho, não é mais uma ilha. Cinco dias após o início das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, foi feito um caminho firme até o local, antes isolado pelas águas do Madeira. Lá será a Casa de Força da hidrelétrica, onde a energia cinética será transformada em energia elétrica e então distribuída por meio de transformadores. De acordo com a Assessoria de Relações Institucionais da Madeira Energia S/A (Mesa), empresa concessionária responsável pela construção da usina e distribuição da energia gerada, o desvio do rio Madeira ocorrerá em maio de 2011 e a primeira turbina será ativada em 2012. O prazo de entrega da obra é dezembro de 2016.
Nessa primeira etapa da obra, que é a terraplanagem, estão envolvidos 250 trabalhadores, que estão construindo uma ensecadeira até a ex-ilha. Segundo a Mesa, os trabalhos estavam previstos para serem iniciados pela margem esquerda do rio Madeira, mas foram encontrados vestígios arqueológicos naquela área, o que fez com que a obra iniciasse pela margem direita. As peças encontradas pelos arqueólogos ainda não passaram por uma análise, o que deve ser feito por uma universidade, possivelmente do Acre.
O acesso ao canteiro de obras - que ficará na margem esquerda do Madeira - será por uma estrada, com entrada pela BR-364, sentido Acre. Essa estrada já existe, mas será pavimentada para dar vazão ao tráfego de veículos pesados. Ela vai evitar que o trânsito da cidade seja impactado pelo grande fluxo de veículos de grande porte. O acesso leva até a margem do Madeira, em Santo Antônio, onde será construído um porto para balsas que farão o transporte de trabalhadores e materiais até o outro lado. Mas isso só ocorrerá quando a margem esquerda for liberada pelos arqueólogos.
Postos de trabalhoConforme a empresa, até dezembro deste ano devem estar trabalhando na construção da Santo Antônio aproximadamente mil pessoas, até o final do ano que vem, três mil e até 2012, 10 mil pessoas. O pico das obras ocorrerá entre 2012 e 2015, quando o rio estará passando pelas comportas. Depois, a quantidade de trabalhadores vai diminuindo e quando estiver em funcionamento, trabalharão cerca de 300 pessoas, como engenheiros, técnicos e biólogos.
(Diário da Amazônia,
Amazonia.org.br, 07/10/2008)