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indústria automobilística
2008-10-08
Componentes de veículos representam somente 2% do volume de material reciclado produzido no País

A reciclagem de componentes de veículos começa a caminhar, ainda que a passos lentos, no Brasil. Hoje, a sucata de carros representa cerca de 2% de um volume de 7,8 bilhões de toneladas produzidas mensalmente, um mercado que movimentou R$ 3,2 bilhões em 2007. O País deve fechar o ano com produção recorde de 3,42 milhões de unidades - e, mesmo com a crise, já há empresas de olho na renovação da frota, que deve estimular a reciclagem.

Um automóvel pode ter de 30 a 50 mil peças, das quais 75% são de ligas metálicas. Na Europa e nos EUA, a reciclagem chega a 95% do número de carros fabricados. "No Brasil, não existe legislação específica que responsabilize a montadora pelo recolhimento do veículo, e os que chegam para reciclagem geralmente estão no limite de sua vida útil", afirma Marcos Sampaio da Fonseca, representante do Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não-Ferrosa do Estado de São Paulo (Sindinesfa).

Segundo ele, em torno de 1,5% da frota brasileira que é aposentada tem como destino a reciclagem - em média, carros com mais de 20 anos de uso. "O veículo que chega para a reciclagem já passou por tudo, como perda total em acidentes e desmanche. Mas já temos tecnologia de ponta para reciclagem, só falta crescermos em volumes", diz Fonseca, que participa de uma feira de negócios sobre o assunto, a Exposucata, que começou ontem, em São Paulo.

A empresa RFR, de Guarulhos (SP), há 22 anos no ramo e especializada na recuperação de metais como ferro e aço, é uma das que tem apostado no crescimento desse mercado. A empresa de 250 funcionários processa 40 mil toneladas/mês de sucata, cerca de 5% da oferta nacional, que inclui carros e eletrodomésticos no fim de sua vida útil, além dos resíduos do processo produtivo de montadoras como Mercedes-Benz e Volvo.

A empresa possui um grande triturador, conhecido como Schreder, com capacidade para triturar de 50 a 60 veículos por hora. "Eles são colocados inteiros no triturador e depois os materiais são separados", explica Márcia Monteiro, diretora-administrativa e sócia da RFR. Os carros mais antigos, a maioria dos que chegam ao triturador, possuem mais aço na composição, enquanto os mais novos têm composição mais heterogênea - alumínio, plástico e metais não-ferrosos também podem ser recuperados. "O volume de materiais reciclados poderia ser ainda maior. Temos capacidade instalada, mas falta recolher mais veículos ao fim da vida útil", diz Márcia.

A siderúrgica Gerdau é uma das que tem recuperado sucata de aço - no mundo todo, a companhia recicla 18 milhões de toneladas de metais por ano. A unidade da empresa no Sul utiliza cerca de 200 mil toneladas de material reciclável por mês.

As empresas que trabalham na recuperação de vidros automotivos também estão buscando mais matérias-primas. É o caso da Autoglass, empresa de instalação e manutenção de vidros para automóveis, que criou um sistema de logística reversa para recolher pára-brisas e vidros laterais e traseiros danificados e destiná-los à reciclagem. Assim, o mesmo caminhão que entrega o vidro na revenda traz de volta o material em pedaços. Já são recuperadas 30 toneladas por mês.

"Fizemos um levantamento que revelou que, de um total de 1,5 milhão de pára-brisas quebrados no Brasil anualmente, apenas 5% são reciclados" explica Fernando Chieppe Carreira, diretor-comercial da Autoglass. "Estamos tendo renovação da frota de veículos, mas precisamos recuperar os vidros antigos." Anualmente, são fabricados no País 21 milhões de vidros laterais e traseiros. Carreira explica que mais de 1,6 milhão de peças quebradas não são recicláveis na sua totalidade.

(Por Andrea Vialli, O Estado de S.Paulo, 08/10/2008)

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