Três dias após a eleição, propagandas de candidatos continuam sujando as ruas de cidades da região
Ao chegar à sua loja, na manhã após a eleição, a primeira coisa que Janaína Pereira fez foi varrer a calçada. Em frente do estabelecimento, situado na Avenida Senador Pinheiro Machado, Centro de Bom Retiro do Sul, santinhos davam ao local um aspecto de desordem. Ela não foi a única a reclamar. Em outros lugares do Vale do Taquari os moradores também continuam sentindo, nas suas ruas, os efeitos da poluição visual.
Segundo a Justiça Eleitoral, o prazo para recolhimento de propaganda política é de 30 dias após a votação. O trabalho deve ser feito pelo candidato ou por sua coligação. "Se está no chão, a prefeitura pode recolher", adverte o chefe do Cartório da 21ª Zona Eleitoral, José Afonso Beraldin. A disputa pela Prefeitura de Bom Retiro do Sul, uma das mais acirradas da região, foi também campeã em sujeira. "No dia da eleição havia muita propaganda", explica Beraldin.
Em Lajeado, os bairros mais afetados pela sujeira eleitoral foram o Santo Antônio e o Conservas. Mesmo assim, conforme o gerente da empresa responsável pela limpeza pública, Gilberto Vargas, o volume de lixo foi inferior a outros anos. "Não foi nem 10% das eleições anteriores", calcula. No dia do pleito, servidores da companhia já estavam preparados para "atacar" dois dos principais pontos de votação: o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (Castelinho) e o Clube Esportivo Sete de Setembro. Mas a sujeira ficou abaixo do esperado. Vargas garante que o recolhimento de lixo nos locais ainda não beneficiados será feito a partir de hoje.
A estratégia de pedir votos sujando calçadas não convenceu os eleitores. "Isso não vence eleição", afirma Janaína, de Bom Retiro do Sul, ressaltando que não votaria nesses candidatos. Segundo ela, a rotina é a mesma a cada pleito. "Mas este ano parece que deu mais sujeira ainda", completa. Assim como a maior parte dos moradores, a dona-de-casa Viviane Brito teve de tirar os santinhos da sua calçada. "Ninguém veio limpar."
No Bairro Conservas, em Lajeado, a moradora Jony Sulzbach teve uma surpresa na noite de sábado: dezenas de imagens de um mesmo candidato a vereador foram parar na porta de sua casa. A atitude fez aumentar o desgosto dela pela política. Jony diz que não acredita em promessas eleitorais e não lê os santinhos. Devido a um problema na coluna, não pode varrer a calçada. Até a tarde de ontem, a poluição visual era evidente. "A gente paga a limpeza pública, então cabe à prefeitura limpar", acrescenta a moradora.
Reprovação
A estratégia de pedir votos sujando calçadas não convenceu os eleitores. "Isso não vence eleição", afirma Janaína, de Bom Retiro do Sul, ressaltando que não votaria nesses candidatos. Segundo ela, a rotina é a mesma a cada pleito. "Mas este ano parece que deu mais sujeira ainda", completa. Assim como a maior parte dos moradores, a dona-de-casa Viviane Brito teve de tirar os santinhos da sua calçada. "Ninguém veio limpar."
No Bairro Conservas, em Lajeado, a moradora Jony Sulzbach teve uma surpresa na noite de sábado: dezenas de imagens de um mesmo candidato a vereador foram parar na porta de sua casa. A atitude fez aumentar o desgosto dela pela política. Jony diz que não acredita em promessas eleitorais e não lê os santinhos. Devido a um problema na coluna, não pode varrer a calçada. Até a tarde de ontem, a poluição visual era evidente. "A gente paga a limpeza pública, então cabe à prefeitura limpar", acrescenta a moradora.
(O Informativo do Vale, 08/10/2008)