A equipe de fiscalização na operação Guardiões da Amazônia atuando a partir da Base Operativa de Novo Progresso, no oeste do Pará, autuou em R$ 248 mil e embargou as atividades da empresa Mademol-comércio de madeiras e laminados Moro Ltda, na localidade conhecida como vila Isol, às margens da BR 163, rodovia que liga Santarém-PA a Cuiabá-MT. O auto de infração está pendente de julgamento e a empresa tem direito à defesa, para apresentá-la tem prazo de vinte dias.
No pátio foram apreendidos mais de 828 m³ de madeira em toras. Os fiscais ainda estão analisando diversos documentos apresentados pela empresa durante a fiscalização. Segundo o coordenador da Base Operativa, Elton Barros, a equipe chegou à serraria “ devido a um trabalho de investigação, onde descobrimos que a madeira explorada em uma área de extração clandestina autuada há alguns dias próximo da vila Isol teria esta serraria como destino”.
O volume de madeira sem comprovação de origem legal encontrado motivou também o embargo das atividades da madeireira. Os equipamentos da serraria foram lacrados pelos fiscais, para garantir o cumprimento da sanção administrativa pela empresa.
A madeira ilegal provém de desmatamentos e explorações não autorizados, que geralmente ocorrem em áreas públicas ou unidades de conservação. As áreas onde ocorre exploração ilegal acabam desmatadas em pouco tempo. Os desmatamentos ilegais e a extração clandestina de madeira na região comumente estão associados a outras ilegalidades, como a sonegação fiscal, a grilagem de terras e o trabalho em condições degradantes.
O gerente executivo do Ibama em Santarém, Daniel Cohenca, afirma que “a operação na BR163 tem objetivo de reprimir com firmeza o desmatamento ilegal e toda a cadeia produtiva que recebe lucros altíssimos com os recursos ilegalmente extraídos da Amazônia“. A logística da base operativa de Novo Progresso está sob a responsabilidade da Divisão de Controle e Fiscalização da Gerência Executiva do Ibama em Santarém.
(Ascom Ibama, Diário do Pará, 06/10/2008)