Dois anos após a mortandade de cerca de 30 toneladas de peixes, a agonia do rio dos Sinos ainda não terminou. Várias ações estão sendo feitas na área de saneamento básico para amenizar o problema do curso de água que corta 32 municípios e para reduzir a poluição industrial, mas a qualidade da água não melhora. Para o chefe da Divisão de Controle da Poluição Industrial (Dicopi) da Fepam, Renato Chagas, a maioria das indústrias na região tem sistema de tratamento eficaz.
Segundo ele, duas resoluções do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), que definem padrões mais rigorosos para emissão de efluentes líquidos e tóxicos lançados em águas superficiais do RS, possibilitarão maior e mais eficaz controle. O presidente do Comitê Rio dos Sinos, Sílvio Paulo Klein, concorda que o perfil industrial vem melhorando nos últimos anos. 'Com a crise do setor coureiro-calçadista, muitas empresas fecharam, e reduziu-se a emissão de poluentes no rio.'
Para ele, 'o maior problema está na área urbana, pois o que mata o rio é a falta de saneamento básico', disse. Klein destacou ações como a recuperação da mata ciliar e o acordo com arrozeiros de fechar bombas de captação de água em épocas de estiagem.
(Correio do Povo, 07/10/2008)