Os Estados Unidos estão perto de fechar uma brecha que permite que produtores estrangeiros de biodiesel exijam subsídios federais quando embarcam o biocombustível através dos EUA para um terceiro país, afirmou hoje o Conselho Europeu de Biodiesel. A indústria européia de biodiesel está sendo fortemente afetada pela prática, através da qual o biodiesel importado é vendido a um desconto em relação ao biocombustível europeu.
O pacote de resgate financeiro de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso norte-americano na sexta-feira incluiu a intenção de não conceder mais taxas de crédito para o biocombustível produzido fora dos EUA e que não for para consumo no país. "Essa mudança ajuda a indústria européia a competir com igualdade com outros países", afirmou Simo Honkanen, vice-presidente da finlandesa Neste Oil.
A América do Sul e o leste da Ásia são duas regiões que estão aproveitando a possibilidade de pedir subsídios nos Estados Unidos e novamente na União Européia, dependendo de para qual Estado membro estão embarcando. Os produtores globais embarcam biocombustíveis para os Estados Unidos, onde podem misturar 99% de biodiesel com 1% de diesel mineral, e podem pedir subsídio de US$ 1 por galão, antes de reexportar o produto. As informações são da Dow Jones. (Deise Vieira)
(AE, 06/10/2008)