Um poderoso terremoto que atingiu o Quirguistão matou pelo menos 72 pessoas, além de arrasar um vilarejo nas remotas montanhas do país, disse o Ministério da Saúde nesta segunda-feira. O terremoto de magnitude 6,3, de acordo com o Centro Geológico dos Estados Unidos, atingiu no domingo uma área entre o Quirguistão, o Tajiquistão e o Uzbequistão -- o local mais povoado da Ásia Central.
Mas o local mais afetado foram as vilas do sul do Quirguistão, onde uma casa foi totalmente destruída e o destino das outras ainda não está claro. "O número total de mortos, agora, é de 72", disse o vice-ministro da Saúde, Madamin Karatayev, por meio da assessoria de imprensa do Ministério.
Entre os mortos, estão 30 crianças que ainda não tinham idade para frequentar a escola, 11 estudantes, 12 pensionistas e 19 adultos, disse. Três helicópteros transportaram 110 crianças e adultos feridos ao hospital do centro regional de Osh.
Karatayev acrescentou que a maioria das casas do vilarejo de Nura, na fronteira entre o Quirguistão e a China, foram totalmente destruídas, incluindo cabanas de barro. Mesmo com o anoitecer, as equipes de resgate continuaram as buscas e pretendem trabalhar a noite toda, segundo o vice-ministro.
Separados das áreas mais populosas por cadeias de montanhas, os vilarejos são de difícil acesso. As equipes de resgate também sofrem com o pobre sistema de comunicações. "É difícil levar toda a ajuda necessária, não há conexão telefônica", disse Yelena Bayalinova, porta-voz do Ministério da Saúde. "Muitos têm ferimentos múltiplos, membros quebrados e estão em estado de choque".
O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, que tem visita ao Quirguistão agendada para o fim desta semana, mandou suas condolências por telegrama e disse que Moscou, que opera uma base militar no país, está pronta para fornecer assistência humanitária.
(Por OLGA DZYUBENKO, REUTERS, Estadão, 06/10/2008)