Animais vindos da Bahia de avião foram liberados na praia do Cassino
Na tarde de sábado, em torno de 370 pingüins-de-Magalhães retornaram ao mar. A grande maioria integrava o grupo de 399 que veio da Bahia sexta-feira, a bordo de avião da Força Aérea Brasileira. Os animais foram liberados na beira da praia do Cassino, a 5 quilômetros do monumento a Iemanjá em direção ao navio encalhado.
A operação para reencaminhá-los ao seu hábitat começou pela manhã, no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Técnicos e voluntários acomodaram os pingüins em caixas apropriadas para transporte. Foram colocadas em dois caminhões.
Na chegada à praia, os animais ficaram num cercado de tela. Logo seguiram, agrupados, para o mar, sob aplausos das dezenas de espectadores. Foi a maior quantidade de pingüins-de-Magalhães liberada no Brasil. Conforme o diretor do Museu Oceanográfico e do Cram, oceanólogo Lauro Barcellos, eles devem ir para suas colônias de reprodução na Patagônia. Receberam anilhos, com número e local onde foram recuperados, para que, caso sejam encontrados, se saiba o que aconteceu com eles. Em torno de 40 pingüins ficam em tratamento no Cram. Sexta-feira, o navio de apoio oceanográfico Ary Rongel trará outros cem que estão no Zoológico de Niterói (RJ).
(Correio do Povo, 06/10/2008)