Em audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado, na quarta-feira (08/10), os senadores vão discutir as novas tecnologias de prospecção de petróleo e gás na camada pré-sal. A iniciativa para o debate foi do senador Gim Argello (PTB-DF) e recebeu o apoio do presidente da comissão, senador Wellington Salgado (PMDB-MG), e dos senadores Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Foram convidados para a audiência o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Rodrigues Elias; o gerente-executivo do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras, Carlos Tadeu da Costa Fraga; e o secretário de Energia e Assuntos Internacionais do estado do Rio Grande do Norte, Jean-Paul Terra Prates.
Também participarão da discussão o presidente da Marítima Petróleo e Engenharia, German Efromovich; o presidente da OGX Petróleo e Gás, Rodolfo Landim; o superintendente de Tecnologia da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Aloísio Nóbrega; e o representante da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), geólogo João Victor Campos.
Na justificação do requerimento para a realização da audiência, Gim Argello disse considerar de "alta relevância" a discussão do assunto. O senador observa que o potencial da camada pré-sal exigirá modificações no processo de contratação de plataformas da Petrobras que já busca, segundo o senador, desenvolver tecnologia para construir plataformas capazes de extrair mais petróleo em menos tempo.
O pré-sal, explicou o senador, é constituído de camadas de sal com 200 quilômetros de largura e 800 quilômetros de extensão, localizadas no litoral brasileiro desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Sob as camadas de pré-sal da Bacia de Santos, registrou Argello, a Petrobras já encontrou nove reservas de petróleo e intensificou, a partir do primeiro semestre deste ano, as buscas por outras reservas de petróleo e gás.
Ainda segundo o senador, caso sejam confirmadas as previsões preliminares sobre depósitos do produto na camada pré-sal do litoral brasileiro, o Brasil aumentará a produção dos atuais 14,4 bilhões de barris de óleo para entre 70 e 107 bilhões de barris de óleo. Com isso, ressaltou Argello, o Brasil ficará mais bem colocado no ranking dos países com as maiores reservas de óleo e gás no mundo, de acordo com previsão do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Atualmente, acrescentou Argello, com base em informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a Petrobras está perfurando seis poços exploratórios visando atingir reservatórias abaixo dos seis mil metros de profundidade.
A audiência pública está marcada para as 9h e acontecerá na sala 19 da Ala Alexandre Costa.
(Por Iara Farias Borges, Agência Senado, 02/10/2008)