Eng. Químico Ênio Leite
Palestra relatando as ações da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler sobre a mortandade de peixes ocorrida em 2006 no Rio dos Sinos marcou a segunda atividade da instituição na XV Semana Interamericana e VII Semana Estadual da Água nesta quinta-feira (02/10). Coordenada pela Diretora Técnica Maria Elisa Santos Rosa, sete técnicos de diferentes setores da Fepam mostraram o ocorrido durante o episódio e a situação atual das Bacias Hidrográficas dos Rios dos Sinos e Gravataí.
Conforme a geógrafa Carmem Franco, que apresentou a conclusão final dos relatórios de diversos setores da Fepam, os trabalhos apresentam similaridade nas conclusões, revelando relações de causa-efeito, com base na avaliação de indicadores ambientais, além de destacar razões de ordem mais ampla para o fenômeno, que dizem respeito a ações de gestão na Bacia Hidrográfica e à necessidade de adoção de políticas públicas mais apropriadas.
Para o chefe da Divisão de Controle da Poluição Industrial (Dicopi), Renato Chagas, as indústrias implantadas na região possuem sistema de tratamento eficaz em sua maioria. No entanto, duas Resoluções do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), a de n.º 128/2006, que fixa padrões de emissão de efluentes líquidos para lançamento em águas superficiais do Rio Grande do Sul, com data de 27/12/2009 para adequação de padrões mais restritivos e a de n.º 129/2006, que define critérios de emissão de toxicidade de efluentes líquidos lançados em águas superficiais no Estado, possibilitarão um controle maior e mais eficaz.
O engenheiro químico Ênio Leite, do Serviço da Região do Guaíba, observou que embora mesmo tendo apresentado melhoras em 2007, o índice de oxigênio dissolvido na água vem se reduzindo a cada ano. O meteorologista Flávio Wiegand considerou os aspectos climáticos que contribuíram para o agravamento da situação devido à seca e ao calor.
A bióloga do Serviço de Emergência Ambiental (Seamb), Cleonice Karmirzack, relatou todo o trabalho desenvolvido, juntamente com a Força Tarefa, integrado também pela Defesa Civil e Comando Ambiental da Brigada Militar.
Finalmente, a engenheira química Maria Lúcia Kolowski, da Divisão de Química do Departamento de Laboratório e a bióloga Clarice Torres de Lemos, da Divisão de Biologia, relataram as pesquisas e análises químicas feitas nos materiais coletados.
A diretora técnica Maria Elisa Santos Rosa salientou a sincronia entre os departamentos da Fepam envolvidos na questão, ressaltando a importância do órgão ambiental em ações preventivas e planejadas.
(Sema, 02/10/2008)