Depois de quase cinco meses de instalação, a Campanha Separe! está contribuindo para que a Assembléia Legislativa (AL) produza menos lixo orgânico e mais resíduos recicláveis. Além de cooperar com o meio ambiente, essa mudança no perfil dos resíduos provocou a diminuição do valor cobrado pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Dmlu) para realizar o recolhimento dos materiais orgânicos.
A presidente da Comissão do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Legislativo, Elenice de Mello, informa que, com o sistema de separação, são gerados três metros cúbicos de lixo orgânico por dia e 21 de resíduos recicláveis por semana, em média. Antes da campanha, a AL produzia oito metros cúbicos de lixo orgânico e apenas um de resíduos recicláveis no mesmo período.
Devido à mudança, o contrato com o Dmlu foi reformulado em agosto, gerando uma economia de mais de R$ 1,8 mil com o recolhimento do lixo orgânico, realizado cinco vezes por semana. Materiais recicláveis como jornais, papéis brancos e papelão limpo são entregues à Associação de Trabalhadores da Unidade de Triagem do Hospital São Pedro (Atut), onde é desenvolvido um programa social que contribui com a reabilitação dos pacientes.
Segundo o coordenador-geral da Atut, Marcos de Oliveira, a instituição recebe, em média, de 500 a mil quilos de material reciclável vindos da AL toda semana. "Os próprios pacientes e algumas pessoas da comunidade realizam a separação do material. Tudo é vendido para uma fábrica que faz a reciclagem. O que recebemos é dividido entre todos os que trabalham, contribuindo com a renda dos pacientes internos", explica. De acordo com Oliveira, cerca de 40 pessoas trabalham na associação e recebem por mês aproximadamente R$ 450,00.
Elenice destaca que o próximo passo da Comissão do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da assembléia será lançar uma nova etapa da campanha. "Há a necessidade de conscientizarmos as pessoas sobre a importância da redução do consumo. Se houver mais cuidado, vamos gerar ainda menos materiais como copinhos e papel", disse.
(Jornal do Comércio, 02/10/2008)