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hidrelétricas do rio madeira
2008-10-02
Projeto de R$ 12 bilhões foi discutido durante oito anos

Três caminhões cruzam o leito do Rio Madeira, em Porto Velho (RO), sobre uma pequena barragem de terra feita para a contenção do rio. As fotos, tiradas na última segunda-feira, mostram o início da construção da usina de Santo Antônio.

As imagens foram postadas nas caixas de mensagens dos sócios da Mesa (Madeira Energia S.A.), a concessionária responsável por alocar R$ 12 bilhões na construção da primeira unidade de geração hidrelétrica no rio Madeira. Até novembro de 2014, a última das 44 turbinas tem de estar pronta para produzir energia.

Oito anos depois de iniciado o inventário do complexo do Madeira -e após muita briga no governo e na Justiça (esta ainda em curso)-, 400 trabalhadores aproveitam o período seco para duas providências.

Uma delas é construir o barramento do rio entre a margem direita e a Ilha do Presídio, e a outra, montar o canteiro de obras na margem esquerda, por onde vão circular mais de 12 mil operários no auge da construção, entre 2010 e 2011.

Santo Antônio, junto com Jirau (também no rio Madeira), é um dos principais empreendimentos hidrelétricos do PAC. É considerado fundamental para o sistema elétrico brasileiro na próxima década. Quando pronto, vai ofertar 2.218 MW de energia firme.

O início das obras de Jirau também estavam previstas para começar neste ano, mas Aneel e Ibama ainda avaliam a mudança do eixo da barragem.

O início da construção antes do período de chuvas deixou a concessionária Mesa animada com a possibilidade de antecipar a geração de energia.

Roberto Simões, diretor-presidente da empresa, explica que a meta mais ousada é a que prevê a geração em janeiro de 2012, embora oficialmente tenha cravado como data capital o Dia do Trabalho (1º de maio) do mesmo ano.

A Mesa aguarda a definição do consórcio que irá construir os 2,5 mil quilômetros da linha de transmissão que trará energia do Madeira para SP. "Afinal, não adiantará nada ter a usina e não ter a linha em 2012", diz.

Engenharia financeira

A antecipação da obra não é mero capricho -faz parte de intricada engenharia financeira montada a partir de um lance ousado que deu vitória ao grupo no leilão de concessão.

Odebrecht, Furnas e os demais sócios aceitaram vender 70% da energia da usina para o mercado cativo (formado pelas distribuidoras) a partir de dezembro de 2012 ao preço de R$ 78,87 o megawatt/hora (MWh), valor considerado módico. Antes, no entanto, toda a geração pode ser vendida aos grandes consumidores.

A receita antecipada por uma energia vendida a preços maiores (R$ 120, R$ 140 o MWh, talvez mais) ajudará a bancar parte da própria obra. O mercado estima que cada unidade colocada em operação antecipadamente poderá render cerca de R$ 6,7 milhões por mês.

Dos R$ 12 bilhões previstos para o investimento, R$ 3 bilhões virão dos sócios. Os demais 75% serão em grande parte bancados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), além de operações de financiamento no mercado e por recursos obtidos pela geração própria de caixa.

A divisão não é informada, mas a previsão é que o BNDES entre com mais de 60%. Simões não fala em números, só na expectativa de conclusão do acordo até o fim deste mês. A partir daí, segue para aprovação da direção do banco. Os desembolsos devem ocorrer apenas em 2009, talvez em fevereiro.

(Por AGNALDO BRITO, Folha de S. Paulo, 02/10/2008)

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