Relatório divulgado na quarta-feira (1º) por entidades ambientais afirma que, se a UE (União Européia) reduzir as emissões de CO2 acima do índice previsto até 2020, os sistemas de saúde nacionais podem ter uma economia de até 25 milhões de euros (R$ 67 milhões).
O estudo foi elaborado pelo WWF (Fundo Mundial para a Natureza), a Aliança Européia de Saúde e Meio Ambiente e a Rede Européia de Ação sobre o Clima. Segundo o relatório, a economia seria alcançada caso os membros da UE reduzam em 10% a mais do que o previsto as emissões de CO2 até 2020.
A medida beneficiaria os sistemas de saúde ao reduzir os gastos com tratamentos e internações. Além disso, seriam evitadas, nestes países, muitas das 369 mil mortes causadas pela poluição do ar. O ponto de partida do estudo foi o cenário previsto pela UE, no qual a redução em 20% das emissões de CO2 até 2020 permitiria a economia de 51 milhões de euros nos gastos com saúde.
O bloco europeu se mostrou favorável ao aumento desta meta para até 30%, desde que outros países industrializados assumam compromissos similares.
"Estes dados demonstram que a ação para controlar o aquecimento global por meio da redução das emissões de gases fornece grandes benefícios à saúde. A UE deve mostrar liderança neste aspecto no futuro", disse Genon Jensen, diretor-executivo da Aliança para a Saúde e o Meio Ambiente.
(Efe, Folha Online, 01/10/2008)