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zoneamento cana
2008-10-01

Paira no ar um inacreditável "quase mistério" sobre o Zoneamento Agroclimático para a produção de cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul. Encomendado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) à empresa Agroconsult do Rio de Janeiro, o estudo vai indicar as áreas mais propícias para o plantio da cultura.

A inclusão do Estado no estudo nacional era dada como certa até duas semanas, quando a jornalista Ana Amélia Lemos, de Zero Hora, levantou a lebre. Segundo ela, fontes não identificadas confirmavam que o Rio Grande do Sul estaria de fora do levantamento.

Para desespero de muitos parlamentares do Estado e de representantes do setor, a informação não foi nem desmentida, nem confirmada. A reportagem do Ambiente JÁ, e provavelmente de outros veículos, tenta contato com o MAPA e técnicos da Agroconsult, sem sucesso.

Até mesmo a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul foi pega de surpresa. Dias antes da noticia ser veiculada, a inclusão do Estado era comemorada. "Até o fim do mês (setembro), o Mapa irá divulgar onde poderemos plantar cana aqui", diziam fontes ouvidas pela reportagem. Na semana passada o anúncio foi adiado para o fim de novembro.

Estudo pode desenvolver cultura
A inclusão significa alavancar uma cultura que já é praticada há muitos anos.  Desde o século 18 se cultiva cana-de-açúcar no Estado, sendo basicamente direcionada para produção de melado, cachaça e outros derivados.

O deputado estadual Heitor Schuch (PSB), um entusiasta da cultura, explica que o zoneamento dará garantias ao produtor, especialmente ao pequeno que poderá buscar recursos oficiais e a possibilidade de ter o seguro agrícola, que hoje sem esse zoneamento é impossível.

"Hoje não é recomendado o plantio. Se usa linhas transversais para se chegar nisso, ou seja, pegando financiamento para outra cultura primeiro", diz. Semana passada o deputado encaminhou solicitação de audiência com o grupo interministerial que cuida do assunto em Brasília e até agora nada de resposta.  "Vamos mobilizar o setor, instituições de pesquisa e parlamentares estaduais e federais para garantir a participação do Estado no zoneamento".

O receio dos gaúchos é que grandes produtores paulistas estejam pressionando o MAPA porque não teriam interesse em disputar mercado. O Rio Grande do Sul não é tido como "seguro" para receber financiamentos em razão da existência de geadas. Essa visão, segundo técnicos da Emater e Fepagro precisa ser mudada. Possivelmente a exclusão do Estado tenha sido por isso.

O engenheiro agrônomo da Fepagro, Jaime Maluf garante que o Estado apresenta vantagens climáticas comparando com São Paulo, maior produtor. " Aqui temos cerca de duas horas mais de sol no verão do que São Paulo", afirma. Para ele,  o grande problema do Estado é o frio intenso no inverno, mas que se for considerado o período de plantio (outubro a março), a temperatura média nossa é mais elevada. Outra vantagem apontada pelo técnico é com relação ao uso da água. Segundo Maluf, os gaúchos não tem o problema da deficiência hidrica. De acordo com o engenheiro agrônomo, a meta é tornar o Rio Grande do Sul auto-suficiente na produção de etanol, e o primeiro passo para isso é viabilizar a cultura.

(Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ, 01/10/2008)


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