Diversos compostos químicos são usados na confecção de pilhas e baterias, como agentes ativos das reações eletroquímicas ou protetores de corrosão, além dos metais nobres como mercúrio (nas alcalinas), cádmio, chumbo e zinco. Eles são considerados nocivos à saúde pública e ao ambiente. 'O ato de jogar a pilha ou a bateria a céu aberto ou no lixo comum é perigoso, pois o invólucro de alumínio oxida ou vaza e esses metais vão reagir e contaminar o meio ambiente', explicou a educadora ambiental da Fundação Gaia e doutoranda em Ecologia da Ufrgs Maria de Fátima Maciel dos Santos.
As pilhas e as baterias não devem ser colocadas nem no lixo seco. A contaminação do solo, das plantas e da água causa várias doenças, desde intoxicação e disfunções orgânicas até a destruição das células sangüíneas. O mercúrio, por exemplo, se acumula na cadeia alimentar e pode provocar efeitos crônicos e danos ao cérebro. O chumbo causa danos no sistema nervoso central. O cádmio provoca problemas especialmente nos rins.
Além do descarte em pontos de coletas específicos, a educadora ambiental aconselhou o uso de pilhas e baterias recarregáveis. 'Parecem caras no momento da aquisição, mas é um investimento para o futuro e para a saúde das pessoas e da natureza.' É responsabilidade do fabricante orientar o consumidor sobre a correta destinação do produto. 'O ideal é que retornassem para a indústria, pois são materiais nobres que podem ser reaproveitados', disse Maria de Fátima.
(Correio do Povo, 01/10/2008)