Foi lançada na manhã desta terça-feira (30/09), no Salão Júlio de Castilhos da Assembléia Legislativa gaúcha, a quarta edição do Prêmio de Responsabilidade Ambiental. A promoção é uma parceria entre o Instituto Latino Americano de Proteção Ambiental Borboleta Azul, Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Assembléia Legislativa (AL-RS) e visa agraciar empresas e personalidades que se destacaram na diminuição dos impactos ambientais.
 
O presidente do Parlamento gaúcho, deputado Alceu Moreira (PMDB), saudou a presença das autoridades e convidados e disse que as premiações estabelecem dia para enaltecer o esforço de alguém, o que serve como estímulo para que outros também façam a sua parte. "Este prêmio otimiza e qualifica muito a compreensão da questão ambiental", afirmou Moreira.
 
Moreira ressaltou que entre os 157 temas a serem debatidos no Programa Sociedade Convergente, um deles trata justamente do Desenvolvimento Econômico Sustentável. "É impossível trabalhar o ambiental sem o social e o econômico juntos. Trabalhar só o ambiental significa agir de maneira policialesca e, as vezes, contraditória. Trabalhar só o social significa acabar com o meio ambiente pensando que a vida humana pode existir sem ele, e trabalhar só o econômico, priorizando o lucro em detrimento de todos os outros, é um erro absoluto. Trabalhar os três é muito mais complicado, mas é a única forma de se fazer justiça", enfatizou. O parlamentar pediu que se invista mais na pesquisa como instrumento que possibilita vislumbrar um futuro mais justo e ambientalmente equilibrado, e que se busque um desenho de Estado a partir das bacias hidrográficas.
 
Consciência ambiental cresceu nos últimos 10 anos

O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia, deputado Alberto Oliveira (PMDB),  disse que o papel dos deputados vai muito além das prerrogativas constitucionais de legislar e fiscalizar, indo até a participação ativa na melhoria das condições de vida da sociedade.
 
Oliveira disse que há pouco mais de 10 anos a consciência ambiental era vista por alguns como uma atitude pouco adequada para aquele momento, e que a legislação tornou-se mais rigorosa para quem não cumpre as normas ambientais. O parlamentar saudou o aumento da consciência das pessoas com relação aos recursos naturais: "Se Deus nos deu a capacidade de raciocinar sobre o que é bom, e planejar para que os prejuízos causados até agora possam ser atenuados ou resolvidos ao longo dos próximos anos, se impõe a cada um de nós um princípio que é o da preservação da vida daqueles que estão aqui hoje e daqueles que virão depois de nós", destacou.
 
O presidente do Instituto Latino-Americano de Proteção Ambiental Borboleta Azul, José Roberto Ramos, agradeceu a parceria da Assembléia Legislativa e disse que o prêmio foi idealizado para dar, de forma pública e transparente, reconhecimento às pessoas que, no âmbito das empresas e na sociedade, trabalham para minimizar os impactos ambientais. "A melhor parceria para este prêmio é a Casa do Povo, a Assembléia Legislativa e o seu Programa Sociedade Convergente", destacou Ramos.
 
O presidente da Associação Riograndense de Imprensa, Ercy Torma, relembrou que nos anos de 2003 e 2004  a ARI promoveu duas edições do Fórum Internacional das Águas e que o tema ganha cada vez mais importância. "A partir daquele momento a entidade sempre se interessou por questões envolvendo o meio ambiente como um todo, pela relevância e pela importância que tem num Estado que tem seus olhos voltados para o futuro", concluiu Torma.
 
Participaram da solenidade o secretário Extraordinário para Assuntos da Casa Civil, José Alberto Wenzel, representando a governadora do Estado; Ministério Público, Federação das Associações de Municíipios do Rio Grande do Sul (Famurs), Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), além de autoridades ligadas a órgãos de governo e demais convidados.  

(Por Luiz Osellame, Agência de Notícias AL-RS, 30/09/2008)