Ferramenta estratégica de gestão dos recursos hídricos, o diagnóstico Plano de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Plano Sinos) iniciou uma nova fase nesta terça-feira (30), quando a governadora Yeda Crusius assinou convênio para elaboração do projeto. O ato ocorreu no miniauditório da Biblioteca da Unisinos, em São Leopoldo. Cerca de 10 mil pessoas deverão estar envolvidas diretamente no processo de elaboração do Plano.
O conjunto de ações, a médio e longo prazos, vai levantar a quantidade e a qualidade das águas da região. Ao todo, a bacia do Rio dos Sinos abrange 2,3 mil quilômetros de córregos, arroios e rios. O governo do RS repassará R$ 350 mil ao Pró-Sinos, uma contrapartida a R$ 1,3 milhão do Ministério do Meio Ambiente para o início da elaboração do Plano da Bacia dos Sinos.
Podem ser incluídas também no Plano as coordenadas geográficas de todos os banhados da região. Os dados colhidos serão repassados a órgãos do Estado e dos municípios envolvidos, para impedir empreendimentos e ações destrutivas dentro dos espaços abrangidos pelo projeto. O estudo leva em conta o Enquadramento das Águas do Sinos, concluído em 2001. Trata-se de um mapeamento que classificou em níveis de 1 a 4 a qualidade de cada trecho dos 190 quilômetros do rio. A classificação é um indicativo de águas límpidas, poluídas ou altamente poluídas.
Com apoio do Comitesinos, o projeto será executado pela Unisinos. A primeira tarefa será sistematizar informações coletadas por meio de projetos como o Monalisa (que mapeou impactos ambientais nos mais de 2,3 mil quilômetros de córregos, arroios e rios da região) e o Peixe Dourado (que avaliou as condições do Rio dos Sinos a partir da cadeia alimentar do peixe que deu nome à iniciativa).
Todas as etapas de preparação do Plano precisarão ser divulgadas às áreas representadas no Comitesinos (abastecimento público, esgotamento sanitário e resíduos sólidos, drenagem, geração de energia, mineração, lazer e turismo, produção rural, indústria, Legislativo Estadual e Municipal, associações comunitárias e instituições de ensino e pesquisa). Cada área deverá se manifestar pelo menos três vezes.
(Governo do Estado, 30/09/2008)