Veículo pode chegar até águas rasas
A Polícia Militar Ambiental (PMA) ganhou um aerobarco para trabalhar em locais com água rasa. O veículo, orçado em R$ 58,8 mil, chegou na semana passada. Uma sentença da Justiça determinou a doação da embarcação como punição por um crime ambiental.
O aerobarco LPA 076 deve ser utilizado em operações na Lagoa da Babitonga, Norte do Estado; na Lagoa da Conceição, na Capital; e no Complexo Lagunar Sul, em Laguna; para policiamento extensivo, verificação de pesca, educação ambiental e até mesmo para operações repressivas.
De acordo com o tenente-coronel Adelar Pereira Duarte, a grande vantagem do aerobarco é a possibilidade de chegada onde barcos convencionais motorizados não conseguem, pelo seu sistema de propulsão aérea. Como não há conjunto de motor abaixo do casco, a embarcação chega a águas rasas com facilidade.
O funcionamento do Aerobarco é parecido com o de um avião. Um motor Volkswagen 1.6 faz as pás da hélice girarem, produzindo vento. O vento passa no leme, que dá a direção do barco, também chamado de "avião sem asas".
Quatro pessoas mais o piloto podem ser transportados sentados no barco. A velocidade com até 400kg de carga chega a 60km/h. O tanque de combustível tem capacidade para 71 litros da gasolina, com uma autonomia de 3,5 a 4 horas de uso.
O Aerobarco pode ajudar no desencalhe de embarcações com um guincho para 500kg. A embarcação também estará disponível para uso do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e para os Grupos de Resposta Tática (GRT).
Policiais passam por treinamento
Na quarta-feira da próxima semana, 10 policiais, dois de cada pelotão da PMA da área litorânea do Estado, devem passar por um treinamento sobre o barco, apelidado de "Biguá". Os policiais, que já têm habilitação de segunda categoria para embarcações motorizadas, vão conhecer mais o aerobarco na teoria e na prática. As aulas envolvem mecânica, manutenção, funcionamento e condução da embarcação.
(Por Lilian Simioni, ClicRBS, 30/09/2008)