A justiça uruguaia investiga um possível caso de sonegação fiscal no qual seria acusado um abastecedor da empresa de celulose Botnia, cuja instalação na fronteira entre os dois paises causou um conflito diplomático com a Argentina. A polícia uruguaia teria desarticulado uma manobra fraudulenta com "fertilizantes" de 12 milhões de dólares e a investigação aponta para a Isusa S.A., sócia da Botnia.
O episódio, que foi reportado hoje pela imprensa local, foi comentado dias atrás pela presidência uruguaia em sua página oficial, onde sinalizou que "se pode estabelecer que no regime de admissão temporária, a empresa introduziu no país 60 mil toneladas de uréia, procedentes da Bielorus e da Ucrânia, isentas de todos os impostos, porque seu destino era o uso como fertilizante agropecuário".
"A manobra foi estimada em 12 milhões de dólares", acrescentou o comunicado oficial. A investigação em curso envolve diretamente a Botnia. O material era importado para "utilização agropecuária", mas em seguida era vendido para a companhia finlandesa para fins químicos, afirmou hoje o jornal La República.
A fábrica da Botnia, situada na margem do rio Uruguai, fronteira natural com a Argentina, causou uma verdadeira briga diplomática entre os dois paises, que foi encaminhada ao tribunal de Haia e cujo veredicto é aguardado para o ano que vêm.
(ANSA, 29/09/2008)