Representantes dos produtores, indústrias fumageiras e governo federal se reuniram na última semana, em Florianópolis (SC), para debater a certificação da produção do fumo como forma de garantir a continuidade da inserção no mercado internacional, já que 85% de toda a produção brasileira é destinada à exportação.
Na avaliação do deputado Heitor Schuch (PSB), que acompanhou os debates, a medida é interessante por dar garantia no mercado mundial a um produto que nos últimos anos vem sendo muito combatido, mas que é de vital importância para a economia do Vale do Rio Pardo. Entretanto, a certificação é apenas mais um item. “Os produtores precisam mesmo é de uma política estável de produção e de preço”, avalia o parlamentar.
No caso do Rio Grande do Sul o fumo é responsável para 11% da pauta total de exportações, em nível de Brasil este percentual é de 1,4%, além de envolver 192 mil famílias nos três Estados do Sul, sendo 92 mil gaúchas. Conforme Schuch, o sistema de certificação prevê a implementação de um conjunto de procedimentos a serem adotados na propriedade, destacando-se capacitação, organização, material propagativo, recursos naturais, residuais de produção, rastreabilidade, assistência técnica e uso de agroquímicos, entre outros, com a chancela do Inmetro.
No encontro, foi constituído um grupo de trabalho e definido um cronograma para a elaboração e implementação do processo do certificação, a exemplo do que já existe em outros setores da economia como na produção da maçã.
(Por Lisiana dos Santos, Agência de Notícias AL-RS, 26/09/2008)