Em breve, todos os resíduos sólidos cromados gerados pela indústria curtidora e calçadista do Rio Grande do Sul deixarão de ser uma dificuldade ambiental e poderão ser transformados em matéria-prima para a produção de fertilizantes orgânicos. Esta conquista teve avanço importante na semana passada, quando uma missão brasileira esteve na Itália para conhecer a tecnologia que permite este aproveitamento. “Conseguimos consolidar a implantação da empresa Ilsa Brasil Indústria de Fertilizantes, no município gaúcho de Portão, localizada no Vale do Rio dos Sinos, região com a maior concentração de uso do couro no Brasil", ressaltou Leogenio Alban, vice-presidente da Associação das Indústrias de Curtume do Rio Grande do Sul (AICSul), que integrou a missão.
O representante da AICSul destaca também que a missão gerou aproximação entre os ministérios da Agricultura do Brasil e Itália. Inclusive, foi definida a vinda de técnicos italianos a Brasília em março de 2009, quando deverá ocorrer um estudo comparativo das legislações dos dois países,
objetivando a modernização das leis que regulam a industrialização e comercialização de fertilizantes no Brasil. Também surgiram boas perspectivas para o intercâmbio técnico/científico entre a Faculdade de Agronomia da Universidade de Bologna e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que abriga o Lacouro, laboratório especializado em pesquisas para o setor coureiro.
Ainda foram estreitadas as relações da Confederação da Indústria da Itália com a Confederação Nacional de Indústria(CNI); da Associação Nacional da Indústria de Fertilizantes(Anda) e a Associação Italiana da Indústria de Fertilizantes (Assofertilizante). O deputado estadual Sandro Boka fez parte desta missão.
(Jornal Agora, 28/09/2008)