Grupo reúne sugestões para alinhar avaliação a padrão internacional
Relatório preliminar com as sugestões compiladas pelo grupo de trabalho (GT) sobre a nova classificação do trigo já está no Ministério da Agricultura (Mapa). Até dezembro, quando acontece reunião da Câmara Setorial de Culturas de Inverno, será elaborado o documento final. Depois disso, o trabalho segue a cargo do Mapa, responsável por toda a classificação comercial de vegetais, e ainda será submetido à consulta pública. A nova norma deverá ter os mesmos parâmetros das principais regiões produtoras.
Ao invés de dividir o trigo por uso (tipo pão, melhorador, brando e outros), a nova classificação deverá fazer a separação por origem, cor e dureza, opina Gilberto Cunha, chefe geral da Embrapa Trigo, em Passo Fundo, e coordenador do GT. Para ele, o papel que o Brasil tem desempenhado no cenário do cereal é diferente das demais culturas. 'O trigo é um dos poucos mercados em que não somos o maior exportador, mas maior importador.' Essa realidade, acrescenta, pode ser alterada, mas é necessário estabilizar a safra e criar identidade nacional.
O presidente da Abitrigo, Sérgio Amaral, acredita que a nova classificação auxiliará o agricultor a produzir o que o mercado precisa, já que tornará mais clara a demanda. Alguns têm receio quanto à nova classificação, diz ele, ao propor que as indústrias paguem bônus aos agricultores que atenderem a demanda de trigo diferenciado. A intenção dos moinhos é divulgar uma lista das variedades mais procuradas. 'Isso faz a transição para termos mais variedades', conclui
(CP, 28/09/2008)