O plano cita a busca pela “redução sustentada das taxas de desmatamento até que se atinja o desmatamento ilegal zero”, mas não faz nenhuma referência a data limite ou prazos a serem cumpridos.
Para recuperar as áreas já degradadas, a proposta é investir “em projetos agressivos de reflorestamento”, de acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. “A partir de 2015 vamos estar plantando mais que derrubando”, calculou Minc.
O objetivo é chegar a 11 milhões de hectares de florestas plantadas no Brasil até 2015, o dobro da área atual. No entanto, apenas 2 milhões de hectares deverão ser reflorestados com vegetação nativa. A maior parte vai receber espécies exóticas, com fins comerciais, como eucalipto e culturas para produção de biocombustíveis, principalmente babaçu, dendê e pinhão manso.
Em relação ao estímulo à produção de etanol previsto pelo plano, Minc voltou a afirmar que o avanço da cana-de-açúcar não comprometerá áreas de preservação. A estimativa é dobrar a produção de álcool combustível até 2017 e chegar a 53,7 bilhões de litros anuais.
“Não vai ter um novo hectare de cana em área de produção de alimentos, na Amazônia e no Pantanal. Não há nenhuma possibilidade do nosso etanol não ser verde, senão será rejeitado”, apontou.
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Agência Brasil, 26/09/2008)