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hidrelétrica de santo antônio odebrecht
2008-09-26

O consórcio Madeira Energia S/A (Mesa), que vai construir e operar a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, poderá comercializar a energia ao preço de mercado com a antecipação do cronograma de construção da usina.  A antecipação foi anunciada pelo consórcio e aprovada na última terça-feira (23/09) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Estava previsto que a usina entrasse em operação em dezembro de 2012.  Com a antecipação do cronograma, deverá entrar em funcionamento a partir de maio do mesmo ano.  Durante esses sete meses antecipados o consórcio poderá vender a energia pelo preço de mercado.

O Mesa, que venceu o leilão da usina com o preço de R$ 78,87 o megawatt por hora (MW/h), poderá comercializar, no mercado livre, pelo preço de R$ 130 a R$ 135 o MW/h, o que resultaria em um ganho de mais de 70% para o consórcio durante esses sete meses.  Além disso, o edital prevê que 30% da energia gerada a partir de dezembro de 2012 pode ser vendida no mercado livre.

Para Glenn Switkes, diretor da ONG International Rivers e autor de livro sobre as hidrelétricas do Madeira, essa decisão representa mais um incentivo à Odebrecht, empresa que lidera o Mesa.  "A decisão representa um subsídio à Odebrecht, que apanhou através da sua expulsão do Equador, perdendo milhões.  A antecipação da sua operação significa "energia de graça" para vender no mercado livre, a preços mais altos do que eles se comprometerem no leilão".

A Odebrecht foi expulsa do Equador na terça-feira (23/09), quando o presidente Rafael Correa decretou o embargo dos bens da empresa.  A construtora operava a Central Hidrelétrica de San Francisco, responsável por 12% dos recursos hidrelétricos do Equador, e que estava parada desde o dia 7 de agosto devido à existência de fissuras nos dutos subterrâneos.

Obras
Segundo informações da construtora, as obras da usina de Santo Antônio já começaram, mas o coordenador do Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) de Rondônia José Josivaldo Alves de Oliveira explica que a construção em si ainda não começou.  "As obras civis ainda não começaram, mas a empresa já iniciou o trabalho de tirar as famílias do local".

De acordo com Oliveira, que esteve acampado junto com os ribeirinhos em protesto à construção da usina na semana passada, a construtora tem agido na região com uma postura extremamente agressiva.  "Pudemos observar isso no último dia 18.  As casas estavam abandonadas, as famílias saíram com tanta pressa que deixaram os animais", explica.  Segundo ele, mesmo antes de ter a concessão da Licença de Instalação para Santo Antônio, o consórcio já estava no local fazendo trabalho de pressão com as famílias.  A hidrelétrica deve atingir cerca de cinco mil famílias de ribeirinhos.

O MAB desenvolve uma campanha denunciando o alto preço da energia elétrica no país.  Segundo o movimento, o brasileiro paga a quinta maior tarifa de energia elétrica do mundo e as famílias pagam 12 vezes mais pela energia elétrica do que as grandes empresas.

(Amazonia.org.br, 25/09/2008)


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