O impasse causado pela paralisação da usina termelétrica AES de Uruguaiana pode ter uma solução até o final do ano. Desde maio o complexo energético da Fronteira Oeste está paralisado em conseqüência da suspensão do fornecimento de gás por parte da Argentina. O Ministério das Minas e Energia realizou uma reunião de trabalho juntamente com a direção da AES onde foi analisado o esboço de proposta a ser enviada para governo argentino para a retomada do suprimento de gás e a normalização das atividades.
A Argentina está propondo e pretende assegurar o fornecimento de gás enquanto o Brasil iria garantir o suprimento de energia elétrica. A informação a respeito do encontro em Brasília foi repassada nesta quinta-feira (25/09) ao deputado Frederico Antunes (PP) por Ronaldo Schuck, secretário executivo de Energia Elétrica do ministério de Minas e Energia.
Segundo Schuck, na reunião realizada nesta quinta (25/09) no ministério foi analisada uma contraproposta para as possibilidades apresentadas pela Argentina. "Pediremos mais documentos complementares a este primeiro esboço, mas trata-se de uma manifestação de boa vontade do governo da Argentina. Estamos a caminho de uma negociação diplomática para acabar com com o impasse no fornecimento de gás", afirmou.
O documento que será apresentado pelo governo brasileiro condiciona a garantia do fornecimento de gás por parte da Argentina à garantia na entrega de energia elétrica por parte do Brasil. "Ainda existem muitos aspectos técnicos e regulatórios a serem definidos até o acerto final, mas a remessa desta proposta por parte da Argentina significa que o encontro do presidente Lula e com Cristina Kirchner, na semana passada, surtiu os efeitos desejados", afirma Frederico Antunes.Ele defende a necessidade de manutenção da usina de Uruguaiana para assegurar a energia necessária em caso de retomada do desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
(Por Cristiano Guerra, Agência de Notícias AL-RS, 25/09/2008)