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premiação ambiental
2008-09-26

O Prêmio Fundação Bunge foi entregue nesta quinta-feira (25/09), em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo. Os contemplados receberam medalhas de ouro e prata, diplomas em pergaminho e prêmio de R$ 40 mil para a categoria Juventude e R$ 100 mil para a categoria Vida e Obra.

Os ganhadores foram Nilson Augusto Villa Nova, Genei Antonio Dalmago, Paulo Bomfim e Mariana Ianelli. Anualmente, são contemplados profissionais de até seis diferentes ramos. Os temas de premiação deste ano foram Literatura e Agrometeorologia.

Villa Nova, ganhador em Agrometeorologia na categoria Vida e Obra, é atualmente professor colaborador da Universidade de São Paulo (USP) e consultor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atua como orientador e professor da pós-graduação na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, em Piracicaba, e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu.

Nascido em São Paulo em 1933, é formado em engenharia agronômica, pós-graduado em meteorologia agrícola e doutor em agronomia pela USP. Sua obra acadêmica é centralizada em agrometeorologia, com ênfase em irrigação, cana-de-açúcar, evapotranspiração, clima e radiação solar. Trabalhou no setor de construção, projetando e montando destilarias de álcool e usinas de açúcar, atividade que permitiu embasamento em tecnologia no setor sucroalcooleiro, em física de materiais e em processos industriais.

O outro agraciado em Agrometeorologia, na categoria Juventude, Dalmago é pesquisador da Embrapa Trigo, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Passo Fundo (RS), onde atua em sustentabilidade de sistemas produtivos, nos temas plantio direto, milho, estufa plástica e preparo convencional.

Nascido em Casca (RS), em 1973, tem graduação e mestrado em agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria e doutorado em fitotecnia-agrometeorologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.

Literatura

Chamado de “príncipe dos poetas brasileiros”, Paulo Bonfim, ganhador em Literatura na categoria Vida e Obra, nasceu na capital paulista, em 1926. Começou no jornalismo no Correio Paulistano, passando a seguir para o Diário de São Paulo. Foi diretor de relações públicas da Fundação Cásper Libero e fundador, com Clóvis Graciano, da galeria Atrium.

Na televisão, produziu os programas Universidade na TV, Crônica da Cidade e Mappin Movietone. Publicou seu primeiro livro, Antonio Triste, em 1947. Em seu prefácio, Guilherme de Almeida saudava o jovem estreante como “o novo poeta mais profundamente significativo da nova cidade de São Paulo”.

O livro foi premiado no ano seguinte pela Academia Brasileira de Letras com o Prêmio Olavo Bilac. Entre os principais livros publicados estão Poema do Silêncio (1954), Armorial (1956), Sonetos (1959), Ramo de Rumos (1961), Sonetos do Caminho (1983) e Janeiros de meu São Paulo (2006). Suas obras foram traduzidas para o alemão, francês, inglês, italiano e castelhano. Desde 1963, ocupa a cadeira de número 35 na Academia Paulista de Letras.

A ganhadora do Prêmio Fundação Bunge Juventude em Literatura, Mariana Ianelli, nasceu em São Paulo, em 1979. Jornalista e escritora, tem cinco livros publicados: Trajetória de antes (1999), Duas Chagas (2001), Passagens (2003), Fazer Silêncio (2005) e Almádena (2007), todos pela editora Iluminuras.

Graduou-se em jornalismo e fez mestrado em literatura e crítica literária pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Como resenhista colabora com os jornais O Globo, do Rio de Janeiro, e Rascunho, do Paraná.

Fundação Bunge

O Prêmio Fundação Bunge, antigo Prêmio Moinho Santista, que completa 53 anos, é um dos mais importantes estímulos à produção intelectual e reconhece o trabalho de profissionais que contribuem para o desenvolvimento do país.

Os candidatos são indicados por universidades e entidades científicas e culturais brasileiras. Uma comissão, composta por especialistas para cada ramo da premiação, pré-seleciona dois nomes em cada ramo do conhecimento, indicando-os para a decisão do grande júri.

No caso dos jovens talentos, a comissão escolhe diretamente os homenageados. O grande júri, formado por representantes de entidades científicas e culturais, reitores de universidades e ministros de Estado, sob a direção do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, escolhe os contemplados.

Na história do prêmio já foram homenageadas personalidades como Carlos Chagas Filho, Érico Veríssimo, Jorge Amado, Manuel Bandeira, Miguel Reale, Lygia Fagundes Telles, Paulo Freire, Rachel de Queiroz e Oscar Niemeyer.

Criada em 1955, a Fundação Bunge, entidade social das empresas Bunge no Brasil, tem atividades focadas na área da educação, com ênfase no ensino fundamental. Valoriza o conhecimento, incentiva o voluntariado e promove ações educativas e de preservação da memória empresarial.

Dentre as iniciativas realizadas, destacam-se o programa de voluntariado corporativo Comunidade Educativa, o Centro de Memória Bunge, o Prêmio Fundação Bunge e o Prêmio Professores do Brasil, além do ReciCriar – A Pedagogia do Possível.

O presidente do conselho administrativo da Fundação Bunge é Jacques Marcovitch, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP. Entre os integrantes do conselho estão Celso Lafer e Carlos Henrique de Brito Cruz, respectivamente presidente e diretor científico da Fapesp.

Mais informações, cique aqui.

(Agência Fapesp, 26/09/2008)


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