A despeito da preocupação generalizada com a mudança climática, as emissões anuais de dióxido de carbono, geradas pela queima de combustíveis fósseis e pela fabricação de cimento, aumentaram 38% desde 1992, de 6,1 bilhões de toneladas para 8,5 bilhões de toneladas em 2007.
Mapa da emissão de carbono
Ao mesmo tempo, a fonte das emissões mudou dramaticamente, à medida que o consumo de energia cresce devagar em muitos países desenvolvidos, mas mais rapidamente nas nações em desenvolvimento, principalmente me potências asiáticas como China e Índia. Essas conclusões são apresentadas em análise do Departamento de Energia (DoE) do governo dos Estados Unidos.
"Os EUA eram o maior emissor de CO2 em 1992, seguido, pela ordem, por China, Rússia, Japão e Índia", disse o cientista Gregg Marland. "As estimativas mais recentes sugerem que a Índia passou o Japão em 2002, a China tornou-se o maior emissor em 2006 e a Índia está prestes a passar a Rússia como terceiro maior emissor, provavelmente neste ano".
As estimativas mais recentes de emissões anuais de dióxido de carbono para a atmosfera continuam a subir rapidamente e o padrão mudou de modo acentuado desde a elaboração da Convenção-Quadro das Nações Unidas para a Mudança Climática, diz o DoE.
No Protocolo de Kyoto, 38 nações desenvolvidas concordaram, inicialmente, em limitar suas emissões de gases causadores do efeito estufa, num esforço para minimizar o impacto no clima terrestre. Quando a Convenção-Quadro da ONU foi elaborada, esses países respondiam por 62% das emissões globais. Quando o Protocolo foi elaborado, em 1997, a fração havia caído para 57%. Estima-se que, em 2007, essa fração já estivesse em 47%.
(Estadão, 25/09/2008)