No primeiro semestre deste ano o setor madeireiro do Pará perdeu quase 5 mil empregos com carteira assinada, bem acima dos 3.020 empregos perdidos em todo o ano passado. Os dados são de um estudo divulgado nesta quarta-feira (24) pelo Dieese/PA, com base em dados oficiais do Ministério do Trabalho abrangendo o mês de junho, o primeiro semestre de 2008 e os últimos 12 meses, de julho de 2007 a julho de 2008. De acordo com o estudo do Dieese, o setor vem atravessando uma série de dificuldades há quase dois anos, refletindo na geração de novos postos de trabalhos formais.
De janeiro a junho deste ano o setor fez 5.575 admissões contra 10.542 desligamentos, gerando um saldo negativo de 4.967 postos de trabalho formais. O setor de desdobramento de madeira (serrarias) teve a maior perda no período: 8.108 desligamentos. Em seguida aparece o segmento de fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensadas, com a perda de 988 postos de trabalhos.
O estudo analisa também o comportamento do emprego formal em cerca de 40 municípios do Estado com mais de 30 mil habitantes, onde o setor madeireiro tem expressiva participação na sua economia. O município de Paragominas foi o que mais perdeu empregos no setor madeireiro no primeiro semestre deste ano, com a extinção de 749 empregos. Depois aparecem Belém (saldo negativo de 562 postos de trabalho); Breves (-448); Tailandia (-446); Dom Eliseu (-229); Jacunda (-215); Tucurui (-204); Santarém (-197); Rondon do Pará (-190); e Novo Repartimento (-171).
Sobre a Flutuação dos Postos de Trabalhos no Setor Formal da Economia no Setor da Madeira no Estado do Pará, o estudo mostra queda do emprego formal nos últimos 12 meses (Jul/07-Jun/08). Foram feitas no período 14.004 admissões contra 19.959 desligamentos, gerando um saldo negativo de 5.955 postos de trabalhos formais. As análises feitas pelo mostram também que dentro das atividades econômicas do Setor. Apenas uma classe, a de fabricação de artefatos de madeira, apresentou saldo positivo de emprego formal.
Nos últimos 12 meses, a maior perda de postos de trabalhos formais entre as Classes da Indústria da Madeira no Pará ficou mais uma vez por conta do Desdobramento de Madeira (Serrarias) que teve no período 10.541 admitidos, mas desligou 15.061 gerando um saldo negativo de 4.520 postos de trabalhos, seguido da Fabricação de Madeira Laminada e de Chapas de Madeira Compensadas que fez no período 2.625 admissões contra 3.934 desligamentos, gerando um saldo negativo de 1.309 postos de trabalhos; da Classe Fabricação de Esquadrias de Madeira, de Casas de Madeira Pré-fabricada que fez no período 346 admissões contra 484 desligamentos, gerando um saldo negativo de 138 postos de trabalhos (tabela 04) e da Classe Fabricação de Artefatos de Tanoaria e de Embalagens de Madeira que fez 44 admissões contra 67 desligamentos, gerando um saldo negativo de 23 postos de trabalhos formais.
(Diário do Pará, 24/09/2008)