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mata atlântica
2008-09-24
Unir o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental é um desafio planetário. Infelizmente, o que se tem visto é a soberania dos lucros sobre a preservação dos recursos naturais.

A Usiminas, maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina e líder no mercado nacional, pretende aliar o desenvolvimento econômico e tecnológico à conservação ambiental dentro da proposta de construção de um novo aeroporto no Vale do Aço, que hoje engloba os municípios mineiros de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo.

O novo aeroporto, que deve entrar em funcionamento em agosto de 2009, fica no distrito de Revés do Belém, no município de Bom Jesus do Galho, e terá capacidade para 360 mil passageiros por ano. A Usiminas também pretende instalar uma nova usina no município de Santana do Paraíso, no mesmo local onde hoje funciona o aeroporto do complexo, expandindo em cinco milhões de toneladas, até 2012, sua capacidade de produção de aço.

O aeroporto ficará na área de amortecimento do Parque Estadual do Rio Doce, e a empresa já se comprometeu a proteger 4 km de margem do Rio Doce, limítrofe com o parque; recuperar a mata ciliar local; construir um cinturão arbóreo para reduzir o ruído e um verde no entorno da área, além de estabelecer um "Plano de Gestão Econômico-Ecológico" para o empreendimento.

Segundo a Usiminas, dentre mais de cem áreas estudadas, esta é a única que atende a todos os critérios técnicos para esse tipo de instalação, como a topografia específica exigida para a operação de aeronaves e a freqüência de ventos em uma determinada direção.

À parte das garantias expostas, a comunidade ambiental se preocupa com os impactos do empreendimento na região. A Amda (Associação Mineira de Defesa do Ambiente), após uma reunião com a Usiminas para conhecer a proposta, não questiona sua necessidade, mas tem dúvidas quanto ao impacto ambiental sobre o Parque Estadual do Rio Doce.

Para a Amda, o parque é mais importante do que o aeroporto, principalmente porque esta é a maior unidade de conservação de Mata Atlântica, num estado onde restou menos de 4% desse ecossistema.

Apesar de o representante da Usiminas garantir que o aeroporto não funcionaria à noite, outra preocupação para a Amda são os efeitos da iluminação noturna sobre a fauna do parque, fora os acidentes que podem ser causados pelas aves que habitam a região.

Além dos impactos diretos que esse empreendimento trará, há ainda os efeitos indiretos, como o aumento da população na região. “O maior impacto que empreendimentos de grande porte provocam é atrair novos contingentes populacionais, o que implica em construção de moradias, com ocupação de novas áreas e consumo de materiais diversos; aumento de tráfego, geração de mais esgoto, lixo e mais ameaças ao Parque do Rio Doce”, disse a AmbienteBrasil Maria Dalce Ricas,  superintendente executiva da Amda.

A empresa já entrou com o pedido de licença prévia do empreendimento na Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do leste de Minas. Os detalhes da construção do novo aeroporto serão discutidos durante uma audiência pública no dia sete de outubro no município de Bom Jesus do Galho. Para a Amda, “a audiência será uma sucessão de pessoas louvando a iniciativa, sem discussão séria e conseqüente da possibilidade de conciliação entre os aspectos econômicos e ambientais”. Por esse motivo, a entidade não pretende participar da discussão.

O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/ RIMA), enviados pela Usiminas, ainda serão analisados pela Amda. “A empresa afirma que os impactos podem ser minimizados e, portanto, suportáveis. Estamos curiosos para verificar como foram encarados impactos como atração de população para a área em função do empreendimento e os impactos sobre a avifauna”, diz Maria Dalce.

“Não temos dúvida de que a integridade do Parque é muito mais importante que o Aeroporto e, para construí-lo, teremos de ter certeza absoluta de que os impactos são suportáveis e, se forem, os ganhos ambientais terão de ser muito além do pouco que a lei preconiza. Esta é a atitude que esperamos da empresa”, completa.

(Por Neide Campos/ Ambiente Brasil, 24/09/2008)

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