Cientistas viajando a bordo de um navio russo descobriram no Ártico a primeira evidência de que podem estar sendo liberadas na atmosfera milhões de toneladas de metano, um gás do efeito estufa, vinte vezes mais potente do que o dióxido de carbono, informa a edição desta quarta-feira do Globo.
Dados preliminares da expedição, liderada pelo pesquisador Örjan Gustafsson, da Universidade de Estocolmo, sugerem que grandes depósitos de metano armazenados nas profundezas estão literalmente borbulhando na superfície do Oceano Ártico, à medida em que a região se torna mais quente e a sua cobertura de gelo se retrai.
Os depósitos de metano são importantes porque cientistas acreditam que, no passado, uma liberação semelhante teria sido responsável por uma elevação rápida das temperaturas, gerando mudanças climáticas abruptas que causaram, por sua vez, extinções em massa de plantas e animais.
(O Globo, 23/09/2008)