Organizações realizam etapa final da campanha pela nova Constituição do Equador
Próximo ao dia do referendo constitucional, organizações sociais e políticos organizam últimos atos em campanha a favor e contra a nova Constituição. Pesquisas mostram que o sim prevalecerá
As campanhas a favor e contra a nova Constituição equatoriana entraram nesta segunda-feira (22) em sua etapa final, com uma intensificação das ações por parte dos partidos políticos e organizações sociais.
Eduardo Paredes, um dos líderes da Aliança País (partido do presidente do Equador, Rafael Correa) afirmou que os integrantes do partido estão se preparando para a grande concentração do próximo dia 25, que será feita no Estádio Modelo de Guayaquil.
Paredes afirmou à impressa equatoriana que será uma festa político-cultural, assistida pelo presidente Rafael Correa, e na qual se ratificará o respaldo à proposta de mudança, a favor da Carta Magna elaborada em uma Assembléia Constituinte.
Segundo ele, o ato será muito similar ao do início da campanha, no qual se apresentaram artistas nacionais, e participarão várias organizações sociais e políticos que apóiam o sim no referendo, que acontece no próximo domingo (28).
Em Quito, haverá concentrações de encerramento da campanha em oito distritos metropolitanos, com o respaldo de grupos populares e locais.
Os maiores esforços se concentrarão na província de Guayas e, em especial, em Guayaquil, onde desde a semana passada estão sendo feitas visitas casa por casa em busca de conseguir adeptos e o voto dos indecisos.
O partido Sociedade Patriótica (PSP), do ex-presidente Lucio Gutiérrez realizará uma caravana motorizada pelos bairros de Guayaquil para incitar a população a votar não na consulta do dia 28.
Gutiérrez alega que de acordo com as pesquisas, os que se opõem ao texto constitucional são a maioria dos guayaquilenhos.
Outras organizações de estudantes, motoristas e indígenas optaram por realizar mobilizações nos próximos dias, mas no dia 25 se juntarão à concentração da Aliança País.
Para o presidente equatoriano, no próximo dia 28, quando será votada a aprovação da nova Constituição, se decidirá o futuro do Equador, “pois esse dia a população dirá se quer um futuro melhor ou o passado corrupto, desigual, que as administrações oligárquicas deixaram aos equatorianos”.
As pesquisas realizadas nos últimos dias revelam que o projeto da Carta Política receberá o respaldo de mais de 60% dos eleitores, frente a 27% que votará contra e 13% que deixará a cédula em branco ou a anulará.
(Brasil de Fato*, 22/09/2008)
*Com Prensa Latina