O secretário municipal do Meio Ambiente de Biguaçu, na Grande Florianópolis, Sandro Roberto Andretti, o único preso da Operação Dríade que permanecia ontem na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Florianópolis, deverá ser libertado hoje. As outras 13 pessoas que haviam sido presas na quarta-feira estão soltas.
Duas ganharam a liberdade ontem: Luiz Carlos da Rocha, vereador em Biguaçu, e Armelindo Ramos, gerente da empresa Corbelix, soltos pelo vencimento do prazo de cinco dias das prisões temporárias.
Preso um dia depois dos demais investigados, em Curitiba, o secretário do Meio Ambiente ganhará a liberdade por esse mesmo motivo. A Polícia Federal não pediu à Justiça Federal o aumento do prazo das prisões.
O empresário Fernando Marcondes de Mattos, 70 anos, dono da empresa Inplac, de Biguaçu, deixou a clínica SOS Cárdio no sábado. Marcondes foi beneficiado por habeas-corpus na sexta-feira, mas permaneceu na clínica por mais um dia. Ele tinha obtido na Justiça o direito de ficar detido no espaço médico e não na carceragem da Polícia Federal, como os demais suspeitos, por apresentar problemas cardíacos.
A Operação Dríade investiga crimes ambientais e contra a administração pública em Biguaçu. Entre os alvos, empresários, políticos e servidores públicos. Há suspeitas de corrupção e compra de licenças ambientais. Os suspeitos negam os crimes.
O advogado criminalista de Florianópolis, Cláudio Gastão da Rosa Filho, um dos primeiros a conseguir habeas-corpus, pretende acionar também o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, para ter acesso ao inteiro teor das escutas telefônicas e do inquérito da Polícia Federal.
(Diário Catarinense, 22/09/2008)