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gestão ambiental
2008-09-22
A demanda pelo atendimento de urgência e emergência está colocando hospitais da cidade no limite. Para descongestionar o sistema da capital, a saída apontada é o Consórcio Metropolitano de Saúde, que já foi criado mas que ainda não vingou na prática. Outro consórcio que ainda não deu frutos, mas que já está atuando, é o do Lixo, que está escolhendo uma empresa para gerenciar os resíduos sólidos de Curitiba e outros 15 municípios da região metropolitana. Em relação à reciclagem, a “capital ecológica” que foi pioneira com o programa “Lixo que não é Lixo Separe”, agora tem nos carrinheiros a principal ferramenta de coleta de material reciclável.

Quais as propostas do candidato para as áreas de saúde e meio ambiente?

BETO RICHA (PSDB)

Saúde

Implantar o Disque-Saúde, para agendamento de consultas por telefone.

Implantar o Hospital da Mulher Curitibana, para realização de cirurgias ginecológicas e atenção ao parto humanizado.

Implantar o Centro Especializado do Homem Curitibano, com especialidades médicas para reduzir a incidência das doenças específicas dos homens, como o câncer de próstata e distúrbios de órgãos reprodutivos.

Implantar o Hospital do Idoso, próximo ao Terminal de Transporte Pinheirinho, destinado à atenção ao idoso, com 141 leitos, 10 leitos de UTI, 14 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários – UCI e Centro de Diagnóstico por Imagem.

Constituir equipes multiprofissionais regionalizadas — as Equipes Móveis de Cuidado em Casa — para realizar atendimento domiciliar de idosos acamados.

Construir, reformar ou ampliar 25 unidades de saúde.

Implantar o Centro Municipal de Urgências Médicas da Matriz

Implantar o Centro Municipal de Urgências Médicas do Pinheirinho

Novos Centros de Atenção nas Regionais Boqueirão, Santa Felicidade e CIC / Pinheirinho.

Construir o novo Laboratório Municipal.

Meio Abiente

Dar continuidade à revitalização da bacia do Rio Barigüi com realocação de famílias que vivem na faixa de preservação do rio e urbanização da área com obras viárias e de infra-estrutura, recuperação das margens e da mata ciliar e implantação de equipamentos públicos.

Interligar, progressivamente, os Parques Tanguá, Tingüi, Barigüi e Cambuí. Promover educação ambiental e gestionar junto à Sanepar a despoluição hídrica da bacia.

Consolidar o Parque Linear do Iguaçu com a reestruturação do Zoológico.

Implantar o Parque Linear do Cajuru na bacia do Rio Atuba e dar continuidade à implantação do Parque Linear do Rio Belém. Para ambos os rios recuperar as margens e a mata ciliar, com implantação de equipamentos de uso público para evitar ocupações irregulares, ciclovia e projetos de drenagem e urbanização, visando transformar a paisagem local, com a recuperação de suas águas.

Implantar o Bosque da Imigração Italiana

Implantar 21 novos Parques de Recepção de Recicláveis.

Redirecionar o processo administrativo da Prefeitura para um sistema sustentável. Estabelecer o uso do papel reciclado e implantar um padrão construtivo para as obras da Prefeitura que utilizem a água da chuva e materiais alternativos.

Prosseguir na substituição dos combustíveis, por outros menos poluentes, no Transporte Coletivo e na frota da Prefeitura.

GLEISI HOFFMANN (PT)

Saúde e Meio Ambiente

Criar Rede Distrital de Atendimento de Especialidades.

A meta é acabar com a fila no prazo máximo de seis meses a um ano. (Atualmente há uma demora acentuada para consultas e exames com especialistas. Por exemplo: Oftalmologia 4 meses; Neurologia 10 meses; Cardiologia 10 meses; Dermatologia 6 meses; Endocrinologia 9 meses;

Ortopedia 1 ano; Pneumologia 6 meses; Otorrinolaringologia 1 ano; Radiografias 4 meses.

Especialidades básicas nas próprias Unidades Básicas de Saúde

São consideradas especialidades básicas cardiologia, oftalmologia, cirurgia ambulatorial, fisioterapia, nutrição, ginecologia, pediatria, oftalmologia e otorrinolaringologia.

Rede Distrital de Atendimento de Especialidades.

Utilizar toda a estrutura já existente (rede municipal, conveniada e particular). Serão realizados exames como mamografia e radiografias;

Construção de unidades “24 Horas” nos distritos de Santa Felicidade e Matriz e no bairro Tatuquara.

Administração compartilhada com os municípios metropolitanos.

Negociar com os demais gestores da RMC no modelo de "Consórcio Local" onde existir unidades vizinhas.

Firmar Consórcio Metropolitano para "Grandes" Especialidades

Consórcio da Saúde: Curitiba recebe do governo federal desde 1996, recursos extras para oferecer de 30% a 40% de sua capacidade de internamento, UTI´s, urgência e emergência a outros municípios. Já ano passado, além dos recursos próprios, recebeu R$ 138,3 milhões para prestar atendimento de alta complexidade aos curitibanos e mais R$ 87,8 milhões para não-residentes.

Criar o Centro Municipal de Desintoxicação e Saúde

Garantir o número de leitos suficientes para atender a demanda em casos de internamento.

Programa de Combate às drogas em parceria com as Secretarias de Educação, Cultura, Esporte e Defesa Social e com instituições da sociedade civil.

Farmácias Populares

Cada regional terá uma farmácia em parceria com o Governo Federal;

Criar nove Centros de Especialidades Odontológicas – e nove Laboratórios de Prótese Municipal, um para cada Distrito Sanitário.

MEIO AMBIENTE

Lixo como ativo econômico

Tanto o lixo depositado no aterro da Caximba, que já encerrou seu período de vida útil, como aquele que será disposto no novo aterro a ser licitado devem ser trabalhados como fonte de energia renovável. O novo aterro sanitário deve ser preparado como uma Central Termoelétrica a Biogás. O aterro da Caximba também integrará o referido sistema como um aterro de transição, gerando energia dentro de suas possibilidades de adequação.

Dar apoio a coletores de lixo reciclável

Estimular a organização dos catadores e dos pequenos donos de barracões que compram a mercadoria a se agruparem em associações, oferecendo infra-estrutura e tecnologia para o trabalho, como barracões, carrinhos elétricos (com capacidade de transporte cinco vezes maior que o carrinho convencional), materiais de segurança para o trabalho, cuidado para as crianças.

Campanha de separação do lixo

Campanha para mudar a atitude das pessoas estimulando-as para separar mais o lixo, em solidariedade ao catador e cuidado com o meio ambiente.

Uso da água

Campanha para economizar água e cuidar dos rios da cidade, e ações para o reuso da água em prédios públicos, condomínios, conjuntos residenciais e estabelecimentos comerciais e industriais.

Gestão de bacias hidrográficas

Programa desenvolvido em conjunto com os municípios da Região Metropolitana, envolvendo comunidade, escolas, empresas, governo estadual e federal, criando os comitês de gestão. Terá por fim proteger as nascentes e recuperar os rios ao longo de seu trajeto.

Energia renovável

Além da geração de energia produzida no aterro sanitário (lixo), serão desenvolvidas ações para incentivar o uso de energia solar térmica.

Ar saudável

Incentivar e estimular a utilização de biocombustível em carros particulares e nas frotas do transporte coletivo. Quanto mais se estimular o transporte coletivo e alternativo (bicicletas, andar a pé), mais se melhorará a qualidade do ar.

Cuidado e proteção de animais

Campanha de posse responsável e assistência veterinária, por meio de convênios com as universidades para o cuidado com animais tanto aqueles que ajudam o homem no trabalho como os animais domésticos.

FABIO CAMARGO (PTB)

Curitiba tem hoje dois problemas graves na saúde. O primeiro é a fila nos atendimentos especializados nos postos de saúde. A espera chega a quase um ano, dependendo do especialista. Um desrespeito ao contribuinte. O segundo é a falta de leitos nos hospitais do SUS. As emergências do Cajuru, Hospital do Trabalhador e Evangélico só não estão em colapso por causa da Lei Seca, que diminuiu em 20% o número de acidentes.

Na minha administração o consórcio da saúde, enfim, sairá do papel. Vamos acabar com a “ambulancioterapia” promovida por algumas cidades vizinhas, que não fortalecem sua rede de saúde e despejam doentes nas portas das unidades de saúde e hospitais de Curitiba. É inconcebível que a estrutura de saúde da capital absorva esses doentes, que pagam impostos nas cidades onde moram, mas utilizam-se dos serviços do município vizinho.

A gestão dos recursos e os repasses federais têm que ser feitos pensando na região metropolitana, com unidades de saúde metropolitanas nas divisas do município geridas e financiadas pelas cidades conurbadas.

Na rede hospitalar, vamos aumentar o número de leitos, com hospitais credenciados nos bairros, mais perto da população e administrar o sistema em conjunto com organizações sociais, Estado e prefeitura financiando o custo real do atendimento.

Já na área ambulatorial, implantaremos tecnologia nas unidades de saúde e mini-hospitais, interligando-os com o Cartão Saúde. As famílias em situação de risco de posse deste cartão poderão utilizar qualquer posto de saúde onde há um especialista disponível e não ficarão em filas por mais de 50 minutos. Do contrário, poderão procurar clínicas e hospitais particulares credenciados à custa do município.

E para garantir o atendimento, serão abertos novos concursos para a contratação de médicos e enfermeiros.

As áreas de invasão junto aos mananciais que abastecem a capital e a região metropolitana são preocupantes e o panorama é assustador. Milhares de construções irregulares em fundos de vale, nas margens de rios, contaminando os nossos recursos hídricos. O poder público tem que se empenhar na questão, que acabará contribuindo para resolver dois problemas. Facilitando o acesso ao crédito habitacional e transferindo essas famílias para áreas urbanizadas, a prefeitura estará resolvendo o problema da habitação e, ao mesmo tempo, do meio-ambiente.

A cobertura de saneamento básico nos bairros de Curitiba é sofrível. Por isso, buscaremos recursos do Ministério das Cidades e, com base no Estatuto da Cidade, vamos monitorar e solucionar o problema das ligações clandestinas de esgoto que poluem os nossos rios. Também cobraremos da Sanepar investimentos condizentes com os recursos que são arrecadados pela empresa juntos aos curitibanos.

No âmbito do gerenciamento do lixo de Curitiba, a situação é grave e emergencial, de extrema importância para o futuro da Região Metropolitana. O Consórcio Intermunicipal será dotado de orçamento exclusivo para pesquisa e inovação, com o intuito de implantar novas tecnologias para a destinação dos resíduos, e terá metas a cumprir. Além da escolha de um ou mais aterros para substituir a Caximba, que se encontra em colapso, o Consórcio será obrigado a aproveitar o potencial energético dos resíduos dos 18 municípios da RMC pelo processo de biodigestão, que transforma os gases oriundos do lixo orgânico em energia elétrica, um projeto simples e que já funciona em vários países.

Também vamos estender as campanhas sobre o lixo reciclável para as cidades vizinhas e propor compensações tributárias para quem separa os resíduos. Quanto mais o cidadão separar o lixo reciclável e tóxico do orgânico, menos pagará de taxa de coleta de lixo.

Promoveremos a despoluição do Rio Belém, ampliando a coleta de lixo nas regiões norte e sul da Bacia Hidrográfica do Belém. Também faremos o reflorestamento da mata ciliar no percurso do Rio Belém e combateremos o desmatamento.

Meu Plano de Governo também é abrangente quanto à questão da conservação dos recursos naturais da região metropolitana de Curitiba. Minha meta é transformar a Secretaria de Meio Ambiente (SMMA) do município numa agência de promoção e pesquisa de ações ambientais em sintonia com os tratados nacionais e internacionais de conservação. Atualmente a secretaria atua quase que exclusivamente na fiscalização. Quero fazer com que a SMMA, além de proteger, estude a biodiversidade e conduza ações efetivas de proteção da diversidade biológica, em especial nos mananciais e nas áreas verdes nativas que ainda restam na nossa cidade.

Todos os estímulos fiscais necessários para a conservação de áreas naturais, e que estão ao alcance legal do município, deverão ser aplicados. Faremos um Plano Diretor das Áreas Nativas, cadastrando e monitorando todas as áreas naturais da cidade e fazendo convênios com a iniciativa privada que, serão responsáveis pela preservação desses territórios. Essas companhias adotarão essas áreas em troca de incentivos fiscais. Quanto à Região Metropolitana, Curitiba terá, na minha administração, papel de liderança nas questões ambientais que afetam também os municípios vizinhos. Em especial nas questões do lixo, das áreas de invasão e das ligações clandestinas de esgoto, que afetam os rios que cortam a Região Metropolitana.

E a rede municipal de ensino será, na minha gestão, um incentivador da educação ambiental, formando cidadãos antenados com a preservação e o respeito ao meio-ambiente. Além, disso, vamos promover campanhas de conscientização e educação ambiental para a população esclarecendo sobre a destinação adequada do lixo e sobre o esgoto.

CARLOS MOREIRA (PMDB)

Saúde

Na saúde, é preciso melhorar a eficiência dos postos, tanto para diminuir o tempo de espera da consulta como para resolver os problemas mais simples. A resolução de muitos problemas da área passa por uma integração com a Região Metropolitana de Curitiba (RMC), seja com a criação de um fundo ou fazendo valer o atual consórcio metropolitano – que também poderia contemplar outras áreas, não apenas a saúde. Ampliando a eficiência do atendimento ao cidadão da RMC, fazendo diagnósticos mais precisos das doenças, apenas os casos mais graves seriam direcionados para os grandes hospitais de Curitiba, como o Hospital de Clínicas, diminuindo suas filas.

A eficiência dos postos de saúde pode ser melhorada a partir de medidas como a contratação de mais médicos e a criação do cargo de médico-chefe de plantão, um profissional mais experiente na área, que vai dar mais eficiência e agilidade ao serviço prestado à população. Outra idéia é a formação de parcerias com hospitais universitários para a realização de consultas e exames especializados. Para essas atividades, os hospitais recebem um valor do SUS muito abaixo do que gastam. Para melhorar o serviço, a prefeitura pode oferecer novos recursos, complementando os valores já recebidos pelos hospitais.

A fim de evitar que o cidadão curitibano passe muito tempo em filas nos postos de saúde, vamos criar o projeto Curitiba Salva, que prevê atendimento domiciliar em alguns casos específicos – um carro com médico e motorista irá à casa dos pacientes. Esperar atendimento em casa é melhor do que a espera no posto de saúde. E é mais fácil do que criar uma grande estrutura como o posto de saúde, que necessita de vigilância, limpeza, manutenção, secretaria, etc. Dessa forma, economizaremos recursos e melhoraremos o atendimento, principalmente no período noturno.

Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde gasta a maior parte do seu orçamento em tratamento de doenças e muito pouco em prevenção. É preciso inverter esta equação. No nosso governo, a prefeitura vai fazer a promoção à saúde, com ações e campanhas para prevenir doenças como hipertensão arterial e diabetes, além do alcoolismo e do tabagismo. Para cada R$ 1 investido em prevenção, economiza-se R$ 1 mil em tratamento. Será criado o Manual da Saúde do Cidadão, para ajudar na promoção à saúde. O material terá informações sobre doenças, alertando sobre exames preventivos e a época exata em que devem ser feitos.

Meio Ambiente

Na área ambiental, é muito triste constatar que todos os 52 rios de Curitiba estão poluídos e mortos. A falta de ligações adequadas da rede esgoto contribui muito para esta situação. A prefeitura precisa assumir sua responsabilidade nesta questão, liderando um grande processo de resgate do meio ambiente, juntamente com todos os setores da sociedade. Vamos buscar uma parceria com o governo estadual, através da Sanepar, para conseguir recursos para a despoluição dos rios e riachos e o tratamento adequado do lixo, com sua reciclagem.

Curitiba já não recicla mais como há 20 anos, quando começaram as campanhas de reciclagem. Hoje, essas campanhas institucionais não são mais realizadas pela prefeitura. A população não é mais estimulada a separar o lixo, mas essa lembrança tem que ser constante. Vamos ampliar a freqüência da coleta de resíduos sólidos nos bairros onde ela ainda não atinge 100%.

Vamos criar Centros de Triagem, para organizar a coleta do lixo, na qual a população pode trocar o lixo por créditos fiscais. Nesses centros, a figura do carrinheiro (catador de lixo) será muito importante. Atualmente, 92,7% do lixo reciclado de Curitiba são recolhidos pelos carrinheiros, que prestam um importante serviço à cidade. Eles também ajudarão a separar o lixo nos centros de reciclagem, recebendo mais recursos por este serviço, além do que já recebem pelo material recolhido.

Vamos investir na compostagem – processo que transforma o lixo úmido (orgânico) em adubo ou fonte energia (gás metano) –, que pode ser uma opção aos aterros sanitários. A questão da criação de um novo aterro na RMC ainda não foi acertada entre os municípios. Em virtude da política isolacionista de Curitiba, Araucária criou uma lei que impede que um aterro seja criado na cidade, e outros municípios poderão fazer o mesmo. Há estudos para a criação um aterro sanitário entre Mandirituba e Fazenda Rio Grande, mas as discussões sobre o tema ainda não avançaram. Precisamos criar o Consórcio Metropolitano do Lixo, que determinaria as ações para a área na região, como, por exemplo, a forma de compensação para a cidade que ficasse a cargo do novo aterro sanitário da RMC.

Na questão da água, vamos complementar o atendimento de água tratada a bairros ainda não atendidos 100% (em convênio com a Sanepar); ampliar o controle sobre o lançamento de efluentes nos rios e mananciais, bem como maior controle do uso do solo nas áreas de mananciais; e ampliar, através de articulação com a Sanepar, a produção de água bruta, para garantir água tratada nos períodos de estiagem e também para possibilitar a desativação de poços artesianos e o abastecimento via Suderhsa (Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental).

No tratamento de esgoto, será instituído o programa Caça ao Esgoto Clandestino, em conjunto com a Sanepar, para eliminar as ligações clandestinas e ampliar o atendimento com rede e tratamento mais eficientes para a população.

Para melhorar a qualidade do ar, serão implantadas estações rotativas de medição, com rotatividade de campanhas de monitoramento atingindo a todos os bairros. A partir de painéis localizados em pontos estratégicos, será informado, em tempo real, sobre a qualidade do ar na cidade.

Será implementado o Plano de Controle da Poluição por Veículos em Uso (previsto pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente, resolução 256/99), que auxilia na redução de poluentes atmosféricos e ruídos dos veículos.

RICARDO GOMYDE (PCdoB)

Saúde

Garantia do Direito à Vida e à Inclusão Social

Reorientar o modelo de assistência e atenção à saúde.

Garantir em todas as regionais um Centro Municipal de Urgências Médicas.

Criar Centros de Especialidades em todas as regionais e ampliar os convênios com os hospitais para reduzir as filas.

Construir o pronto socorro municipal infantil e geral.

Efetivar o consórcio metropolitano de saúde, com autonomia e poder de gestão.

Meio Ambiente

Desenvolvimento, Preservação Ambiental e Qualidade de Vida

Apoiar a reciclagem, com a criação de cooperativas de carrinheiros.

Recuperar os rios e micro bacias.

Eliminar o problema dos aterros sanitários.

Garantir a preservação das áreas verdes em Curitiba.

Realizar a reforma urbana nas áreas de interesse social, para resolver o grave problema da regularização fundiária;

Ampliar a coleta seletiva de lixo e a reciclagem.

MAURÍCIO FURTADO (PV)

As cidades devem ter políticas de ampliação da capacidade de atendimento à população com agilidade e qualidade. Filas em Centros de Saúde não são aceitáveis e devem ser eliminadas ou drasticamente reduzidas. Essas atuais unidades de tratamento de doenças devem ser transformadas em verdadeiros “Centros Integrados da Saúde”. Dependentes químicos e toxicômanos sempre serão tratados como doentes. As drogas são problema de saúde pública. A diminuição do consumo de drogas é a mais eficaz forma de combate ao crime do tráfico. Ações e propostas verdes:

• Assistir à família e à mulher no planejamento familiar e na contracepção, tanto quanto na gestação e nos nascimentos.

• Proporcionar a assistência integral à população carente, na doença, com o aumento na capacidade do sistema e com a qualificação dos profissionais valorizando o trabalho em saúde.

• Ampliação das equipes de Saúde da Família e ações preventivas.

• Criação em áreas consideradas críticas, de Centros Integrados de Saúde ou de unidades móveis, levando o poder público até a comunidade.

• Fomentar a participação da comunidade nas ações de prevenção das doenças de caráter epidêmico, pelo combate sistemático a todos os seus agentes causadores, nos lares e cercanias.

As administrações municipais vêm apresentando em Curitiba duas novelas que não tem fim: a do metrô, que nunca começa, e a do aterro sanitário da Caximba, que já devia ter acabado há muito tempo. O aterro sanitário de Curitiba está esgotado. Em breve o lixo vai ficar em nossas portas. O lixo que não é lixo recolhe menos de 2% do nosso lixo e entrega a maior parte do material para depósitos particulares por valor simbólico. Os catadores são quem faz a maior parte da coleta seletiva. É uma mão-de-obra mais que escrava. Velhos, mulheres e crianças explorados de maneira desumana, puxando carroças para limpar a sujeira da sociedade. Se eles fazem a limpeza pública, deveriam ser servidores públicos. Nós, do Partido Verde, vamos dar dignidade aos carrinheiros. Vamos implantar um novo sistema de coleta e destino para o lixo de Curitiba.

BRUNO MEIRINHO (PSol)

A Frente de Esquerda defende o projeto histórico do SUS - Sistema Único de Saúde, considerado o melhor sistema de saúde do mundo, mas que ainda não foi implementado. Para ser implementado, é preciso destinar os 15% do orçamento definidos em lei para a saúde municipal. As sucessivas administrações, tanto de Curitiba quanto de Londrina, tanto do PT quanto do PSDB, tem tentado maquiar estes gastos, colocando diversos outros gastos como sendo de saúde (publicidade, aposentados e saneamento, por exemplo). Na área de saúde mental, defendemos a implementação definitiva dos CAPS - Centro de Atendimento Psico-Social, sem terceirizações e/ou parcerias com ONGs. Defendemos que o SUS deve ser um sistema 100% estatal e público, pois assim ele tem mais qualidade e menos custos. Hoje, muitos recursos são destinados à iniciativa privada. É preciso combater também a lógica das Fundações Estatais de Direito Privado, que são uma nova forma de privatização da saúde.

Além de tudo isso, é preciso investir em programas de prevenção, como o "Saúde da Família" e também em tratamentos alternativos, utilizando medicamentos homeopáticos, por exemplo.

Consideramos que os gastos em saneamento básico não podem ser considerados como sendo da saúde; porém, é preciso investir em saneamento, em urbanização de áreas degradadas e também no combate às ligações irregulares de esgoto, especialmente nas grandes indústrias. É preciso também dar condições de trabalho dignas aos catadores de papel, através da criação de uma empresa pública de reciclagem. A reciclagem de materiais para a Frente de Esquerda é de extrema importância e não pode depender de ONGs ou entidades assistenciais. Com a proposta de ocupação de imóveis vazios, vamos também diminuir a expansão desenfreada da cidade. Tudo isso só será possível com a tributação dos mais ricos e a socialização da riqueza.

Propostas:

- Destinar 15% do orçamento para saúde, sem maquiagem de gastos.

- Combater a lógica das Fundações Estatais de Direito Privado, que privatiza os serviços públicos.

- Implantação dos CAPS - Centro de Atendimento Psico-Social de caráter público e estatal, sem privatizações e/ou parcerias.

- Investir em prevenção (Programa Saúde da Familia) e em tratamentos de saúde alternativos, com remédios homeopáticos.

- Combater as ligações irregualares de esgoto, em especial das grandes industrias.

- Dar condições de trabalho aos catadores de papel.

LAURO RODRIGUES (PTdoB)

Saúde e Meio Ambiente

A qualidade do sistema de saúde de Curitiba é excelente, rivaliza até com aqueles de cidades do primeiro mundo. Mas, como todo sistema, tem seus limites e esses são diariamente ultrapassados pela enorme demanda representada pelos habitantes da Região Metropolitana da capital. Mesmo sabendo que o paciente está fingindo ser morador de nossa cidade, não podemos negar atendimento ao mesmo, principalmente se for caso de emergência ou até de urgência. Por questões legais e humanitárias serão sempre atendidos!

Acredito que o Consórcio Metropolitano seja a saída lógica e eficaz para resolver esse problema. Concentra-se os recursos em construção de hospitais, equipes de médicos e estoque de medicamentos na capital e acolhe-se os habitantes da RM. Às prefeituras das cidades vizinhas, algumas até já estão conurbadas com Curitiba, caberá o ressarcimento das despesas com os custos diretos desses atendimentos, mediante o uso das verbas federais, estaduais e municipais a que têm direito. A escala desse atendimento diminuirá custos e possibilitará o atendimento à todos, inclusive aos dependentes químicos da região. A união fará a força e por isso implementarei essa forma de trabalho tão logo assuma o governo!

O Consórcio Metropolitano do Lixo depende quase que exclusivamente da concorrência pública em andamento para seu pleno funcionamento. Acredito que a demora havida tenha acontecido pela dificuldade de conciliar os interesses de todos os quinze municípios envolvidos, o que é compreensível. Já existem locais pré-escolhidos para disposição dos resíduos sólidos, dependendo da escolha definitiva, de comum acordo com os demais municípios, o que deverá acontecer antes até da definição da Concorrência Pública mencionada.

O programa Lixo que não é Lixo – Separe é um marco na definição de Curitiba como capital ecológica! Sem dúvida a opção pela preferência aos carrinheiros na remoção do lixo reciclável é compreensível, humana e bem vinda. Muitas famílias vivem desse mister! No entanto, o programa deve continuar para que a abrangência do sistema e principalmente da cultura da reciclagem seja a maior possível.

A cidade expande-se, o tecido viário não acompanha o crescimento com a mesma velocidade e capacidade de crescimento, daí o problema sérissimo de dificuldades para o gerenciamento de tráfego e a luta das autoridades municipais para a conservação da densidade da área verde por habitante. Este último quesito vem se mostrando vitorioso, basta verificarmos que Curitiba é exemplo também neste setor. Para concessão de alvará de construção leva-se em conta a conservação ou até aumento da relação existente. Isto é possível graças aos dispositivos criados ao longo das administrações para que haja compensações visando esse objetivo. Evitarei sempre a paranóia de alguns eco-chatos que criticam e tomam atitudes mesmo sabendo que desnecessárias e atravancam o progresso sob falsos pretextos. Os empreendimentos imobiliários são sadios em essência, algumas distorções serão devidamente combatidas.

Para terminar, gostaria de reafirmar minha intenção de respeitar e fazer respeitar o meio ambiente, incrementar o saneamento básico para que toda a população usufrua de saúde e bem estar. Isso será feito sem tornar a administração em uma instituição policialesca e paranóica, porém eficiente e altamente voltada ao bem estar e satisfação da comunidade.

(Gazeta do Povo, 22/09/2008)

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