A exploração das jazidas de petróleo na camada pré-sal deve passar pelo Rio Grande do Sul. Das 16 plataformas previstas para serem usadas, metade terá seus cascos montados em Rio Grande.
Na tentativa de aumentar essa participação e garantir mais trabalho ao pólo naval gaúcho, a prefeitura e o Estado acenam com benefícios idênticos aos concedidos a construtores da P-53, batizada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O gerente de empreendimentos para construção naval da Petrobras, Alexandre de Garcia, admite que as construções da P-53 e da P-55, prevista para ser concluída em 2011, capacitam o pólo gaúcho não apenas a montar os cascos, mas a transformá-los em novas plataformas.
Ontem, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, confirmou que até 2016 um novo casco será montado no Dique Seco a cada 31 meses.
De olho na atração de mais investimentos, o prefeito Janir Branco (PMDB) revela já ter garantido isenções que variam de 50% até 100% do ISSQN aos prestadores de serviços dos futuros empreendimentos.
– No projeto P-53 isso garantiu que alguns módulos fossem montados no município. E estamos dispostos a repetir a oferta – assegurou.
Na briga de incentivos fiscais, o prefeito ainda conta com o apoio do secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Márcio Biolchi, responsável pela extensão dos benefícios da P-53 para os empreendedores da P-55. Segundo o secretário, que hoje embarca para Cingapura levando na bagagem a esperança de atrair mais negócios para o pólo naval, o pacote integrado por isenção de impostos foi definitivo na ampliação dos planos da Petrobras para a execução da P-55 no Estado.
(Por Álvaro Guimarães, Zero Hora, 19/09/2008)