A Unicamp e a Shell Brasil anunciaram nesta quinta-feira (18/09), na reitoria da Universidade, um convênio para o desenvolvimento de um Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento em Biocombustíveis de 2ª geração a partir da cana-de-açúcar e seus resíduos. O anúncio foi feito pelo coordenador-geral da Unicamp, professor Fernando Costa e por Graeme Sweeney, vice-presidente executivo de combustíveis futuros e CO2 da Shell.
O projeto será executado na Faculdade de Engenharia Química da Unicamp (FEQ) com a coordenação das professoras Maria Aparecida Silva e Telma Teixeira Franco. “Com o desenvolvimento de novas tecnologias é possível aumentar a produção de etanol sem aumentar a área plantada, aproveitando o bagaço gerado na produção de etanol pelo processo convencional, tornando o processo ainda mais sustentável”, afirma Maria Aparecida. Com recursos deste convênio será construído o Laboratório de Biocombustíveis Avançados, numa área de 1,5 mil m², na Unicamp. O prédio ocupará uma área de 1,2 mil m², distribuídos em três andares.
A parceria foi negociada com o apoio da Agência de Inovação Inova Unicamp e faz parte de um projeto global da Shell que compreende mais cinco acordos da empresa com Institutos de Pesquisa - o Intituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Massachusetts (EUA); o Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências (IMCAS), em Pequim, e o Instituto Qingdao de Tecnologia em Bionenergia e Bioprocessos da Academia Chinesa de Ciências (QIBEBT), em Qingdao (China); o Centro de Excelência para Biocatálise, Biotransformações e Manufatura Biocatalítica (CoEBio3), baseado na Universidade de Manchester (Reino Unido), e a Escola de Biociências da Universidade de Exeter (Reino Unido).
"As pesquisas nessa área são de importância capital para o setor de biocombustíveis e a Unicamp orgulha-se em participar de um projeto que envolve alguns dos melhores centros de pesquisa do mundo", disse Roberto Lotufo, diretor-executivo da Inova Unicamp. Segundo ele, parcerias desse tipo reforçam a interação da Unicamp com a sociedade criando oportunidades para que a Universidade se destaque cada vez mais na liderança da pesquisa e inovação em bioenergia, gerando benefícios econômicos e sociais para o país.
Para a Shell Brasil o convênio é motivo de satisfação. “Há 95 anos a empresa investe no Brasil e, portanto, nada mais natural do que apoiar uma universidade fortemente empenhada em desenvolver novas tecnologias em busca de fontes energéticas mais sustentáveis”, afirma Vasco Dias, presidente da Shell no Brasil.
(Por Vanessa Sensato, Jornal da Unicamp, 18/09/2008)