Um estudo divulgado na semana passada pelo Centro Comum de Pesquisa (JRC, na sigla em inglês) da Comissão Européia concluiu que não há evidências de efeitos negativos dos alimentos geneticamente modificados sobre a saúde, reconfirmando os resultados de uma pesquisa realizada pela comissão em 2001. Além disso, o novo documento aponta também que o uso de tecnologias mais precisas e processos regulatórios mais rigorosos fazem dos transgênicos alimentos e plantas provavelmente até mais seguros que os convencionais.
"Já existiam inúmeras evidências da segurança dos transgênicos nesses 12 anos de consumo, mas as autoridades européias têm agora ainda mais resultados para sustentar o atual processo de abertura para esses alimentos", avalia Alda Lerayer, Diretora-Executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB).
Na avaliação da porta-voz do CIB, o fato de o novo estudo ter sido solicitado ao JRC pelo próprio Parlamento Europeu indica a relevância que os resultados terão junto às autoridades do bloco econômico. "A União Européia está se abrindo aos transgênicos, o que se percebe pela liberação para importação de mais uma variedade de soja transgênica, no último dia 8, e o crescimento de 77% no plantio de transgênicos na região em 2007, atingindo 105 mil hectares". As informações partem do Conselho de Informações Sobre Biotecnologia (CIB).
(Agência Safras, CBL, Ultimo SEgundo, 17/09/2008)