E por falar em cuidados das empresas, outra iniciativa bem interessante que nos chega via assessoria de imprensa da Klabin. A fábrica de papel decidiu investir pesado num sistema de ultrafiltração das águas do Rio Tibagi, que fica em Telêmaco Borba, no Paraná. E afirma que está devolvendo ao rio uma água mais pura do que a que de lá tirou.
Segundo a nota da empresa, de acordo com análises bioquímicas do oxigênio já realizadas pela Klabin, a água devolvida ao rio apresenta 1 miligrama por litro de concentração de matéria orgânica (DBO5), enquanto o teor médio deste tipo de concentração no rio é de 3 miligramas por litro. A cor média também retorna mais límpida segundo os mesmos estudos. Agora a fábrica pretende partir para o reuso da água utilizada. Dessa forma, além de reduzir o nível de poluição, ela vai fazer economia da água.
Os investimentos total da empresa na área do meio-ambiente para Telêmaco Borba chegam à casa dos R$ 300 milhões, ainda segundo o release. Posso contar o que vi quando estive lá, há três anos: da janela do escritório do chefe da fábrica vê-se uma extensa área de mata nativa. Como é possível, já que a fábrica é de papel e papel usa árvore? Fazendo uma tecnologia que não é difícil chamada corredor ecológico. A parte da mata que é plantada com eucaliptos é intercalada por mata virgem. Assim a fauna também é preservada.
Ou seja, basta que todo mundo invista com responsabilidade e a gente, daqui a pouco, vai conseguir fazer os tais estudos concluindo que, no fim das contas, existe sim já uma porcentagem significativa de benefícios. E outra de, pelo menos, males menores. Que não é nada, não é nada...
(Por Amelia Gonzalez,
Blog Razão Social - O Globo, 9/9/2008)