“O eucalipto pode ser tão bom e eventualmente até melhor do que a cana-de-açúcar para a produção de biocombustíveis a partir da biomassa gerada na plantação dessas culturas.” A afirmação de Carlos Alberto Labate, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq), foi feita aos pesquisadores presentes na primeira edição do Simpósio sobre Etanol de Celulose, cujas atividades foram concluídas na tarde desta quarta-feira (10/9) na sede da FAPESP.
“O eucalipto é uma árvore incrível e o Brasil um país de muita sorte por ter todas as condições necessárias para a alta produtividade da cultura. A indústria florestal brasileira, uma das melhores do mundo e que serve de referência para vários países, está interessada em entender como a biomassa do eucalipto pode ser usada para a produção de etanol. Trata-se de uma nova revolução da química verde”, disse no evento realizado no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
Sem deixar de reconhecer que a cana-de-açúcar é uma das principais fontes de biomassa para a geração de energia, Labate, que é professor do Departamento de Genética da Esalq, destacou a importância das cascas do eucalipto. Atualmente, esses resíduos permanecem no solo das plantações após a extração do tronco da árvore, que normalmente é destinada à indústria de papel e celulose. “Uma quantidade razoável de casca é dispensada no solo com o corte da madeira, algo em torno de 20 toneladas por hectare. Ao ser fermentado ao longo dos anos, esse material libera gases do efeito estufa”.
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(Agência FAPESP, SBS, 12/09/2008).