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exploração de gás petrobras
2008-09-15

O descasamento entre os investimentos em produção de gás e a ampliação de infra-estrutura de transportes vêm adiando importantes projetos do Plano de Antecipação da Oferta de Gás Natural (Plangás), lançado pela Petrobras em 2006 para reduzir a dependência do gás da Bolívia. Os campos de Peroá, no Espírito Santo, e Mexilhão, em Santos, por exemplo, têm capacidade para colocar no mercado, em curto espaço de tempo, 23 milhões de metros cúbicos por dia. No entanto, o ritmo acelerado do aumento de produção não vem sendo acompanhado pelas obras de infra-estrutura de escoamento do gás.  

O volume de produção dos dois campos equivale a 75% das importações de gás da Bolívia. É suficiente para minimizar os efeitos de qualquer interrupção no fornecimento pelo país vizinho, como a ocorrida na quinta-feira (11/09), quando manifestantes fecharam uma válvula no Gasoduto Yacuíba-Rio Grande (Gasyrg), com capacidade para transportar 17 milhões de metros cúbicos por dia. A tubulação ficou pouco mais de seis horas sem operar, período em que o Brasil deixou de receber 3 milhões de metros cúbicos.

Mas dificuldades jurídicas, ambientais e aquecimento do mercado atrasam a chegada do gás nacional. "A Petrobras aumentou muito os investimentos em gás. Tirou dinheiro do petróleo, que dá mais receita, para colocar em gás, mas o tempo de desenvolvimento dos projetos é longo", diz o consultor Marco Tavares, da GasEnergy. No ritmo atual, ele prevê que o país só reduzirá a dependência da Bolívia entre 2010 e 2011. "Até lá, vamos viver mais dias de intranqüilidade", decreta.

Entre os casos de atraso em obras, o mais emblemático é o do Campo de Peroá. Em operação desde 2006, produz, em média, 7 milhões de metros cúbicos por dia, o que amplia a produção capixaba para a casa dos 8 milhões de metros cúbicos. Como o Espírito Santo consome apenas 2 milhões de metros cúbicos por dia, sobram 6 milhões para exportação a outros Estados. O problema é que as obras de ampliação da malha de dutos só foram inauguradas até o terminal de Cabiúnas, em Macaé, no norte do Rio de Janeiro.

Lá, o gás capixaba tem importante papel na geração de energia térmica, diz Tavares, garantindo combustível às usinas Norte Fluminense e Mário Lago, em Macaé. Mas não pode ser enviado aos principais mercados consumidores, como substituição ao gás boliviano, por falta de capacidade de transporte. O gasoduto Gasduc 3, que ligará Macaé ao Rio, só fica pronto no fim de 2009.

O gasoduto que amplia a capacidade de transporte entre Rio e São Paulo também enfrentou problemas, já contornados, e foi atrasado em mais de um semestre por força de liminar judicial obtida por um proprietário de terras em Itatiaia, região sul do Rio de Janeiro.

"A logística de transporte é um tremendo ponto de estrangulamento do mercado de gás", diz o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura(CBIE). "A Petrobras sempre tratou o gás como patinho feio, confiando na Bolívia, e deixou de lado os investimentos em gasodutos", completa o especialista.

(Por Nicola Pamplo, O Estado de S. Paulo, 14/09/2008)


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