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gás natural na bolívia
2008-09-13

O Ministério de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia anunciou nesta sexta-feira (12/09) a retomada do envio de gás natural ao Brasil e à Argentina. O serviço ficou prejudicado nesta semana por causa de danos em gasodutos que, para o presidente Evo Morales, foram provocados pelos grupos opositores dele, que têm realizado protestos freqüentes e violentos no país.

Conforme o vice-ministro de Comercialização de Hidrocarbonetos da Bolívia, William Donaire, nesta sexta, o país enviou mais de 30 milhões de metros cúbicos de gás ao Brasil --o normal seria entre 30 milhões e 31 milhões--; e 1,2 milhão de metros cúbicos à Argentina --o normal seria de 1,5 milhão a 2 milhões.

O envio de gás para o Brasil estava reduzido em aproximadamente 10% --cerca de 3 milhões de metros cúbicos de gás a menos por dia-- devido a danos em uma válvula de um gasoduto localizado na região de Yacuíba. Na quinta-feira (11/09), o percentual de falha chegou a mais de 55%, devido ao fechamento de uma válvula de um gasoduto na estação de Bella Vista. Em algumas horas, porém, o problema foi contornado.

Quanto à Argentina, o envio parou na quinta-feira, quando a empresa Chaco foi obrigada a fechar válvulas de um campo de produção de gás da região de Volta Grande que havia sido invadido por manifestantes anti-Morales.

"Nosso governo não tem nenhuma queixa, já que os contratos estão sendo cumpridos", disse o ministro de Minas e Energia do Brasil, Edison Lobão. Ele se recusou a comentar a crise que a Bolívia vive, dizendo tratar-se de "uma questão interna". O comportamento condiz com o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não dá para falar sobre a Bolívia, porque tem tumulto lá e tem tumulto aqui também", disse o presidente.

De acordo com o Blog do Josias, Lula chegou a tentar intervir na crise, oferecendo ao colega Morales o envio de uma delegação brasileira para mediar as discussões entre a situação e a oposição. A oferta, porém, foi recusada. Agora, a Câmara estuda enviar observadores para a Bolívia com o objetivo de verificar os reflexos da crise sobre os brasileiros que moram lá.

Por causa da crise, o número de brasileiros que procuram o consulado do país em Santa Cruz de la Sierra, capital do departamento (Estado) de Santa Cruz, explodiu. Santa Cruz é um dos departamentos em que as manifestações anti-Morales são mais fortes. Os demais são Pando, Beni, Tarija e Chuquisaca. Nesses cinco departamentos, os governadores são de oposição.

Os anti-Morales reivindicam que o governo devolva aos seus departamentos a renda oriunda do petróleo que, desde janeiro passado, é destinada a um programa nacional de assistência aos idosos. Eles rejeitam o projeto da nova Constituição e pedem autonomia. Ontem, um confronto entre opositores e camponeses pró-Morales deixou 14 mortos, em Pando.

Crise diplomática

Na Bolívia, toda a crise política deu origem, agora, a uma crise diplomática. Na ocasião da descoberta dos danos que prejudicaram o envio de gás para o Brasil, Morales afirmou que os seus opositores contam com apoio dos Estados Unidos, porque têm idéias separatistas. Ele, então, expulsou o embaixador americano em La Paz, Philip Goldberg. No dia seguinte, Washington fez o mesmo com o embaixador boliviano Gustavo Guzman.

O problema piorou na quinta-feira (11/09), quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, decidiu expulsar de Caracas o embaixador americano Patrick Duddy --que, na realidade, já estava nos EUA havia alguns dias, de acordo com a agência de notícias Efe-- em solidariedade ao colega boliviano. Hoje, os EUA expulsaram o embaixador venezuelano em Washington, Bernardo Alvarez Herrera.

"Isso reflete a fraqueza e o desespero desses líderes ao enfrentar problemas internos", disse porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack.

Militares

Chávez também complicou a situação de Morales ao dizer ontem, em mensagem transmitida pela TV estatal da Venezuela, que "se derrubarem ou matarem Evo", "os golpistas da Bolívia sabem que me dariam luz verde para apoiar qualquer movimento armado" naquele país. Os "golpistas" aos quais Chávez se refere são os grupos anti-Morales.

Os militares bolivianos reagiram. O comandante-em-chefe Luis Trigo declarou, também pela TV, que "as Forças Armadas rejeitam enfaticamente intervenções internacionais de qualquer tipo, não importa de onde venham".

(Folha online, 12/09/2008)


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