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gás natural na bolívia
2008-09-13

O governo boliviano decretou estado de sítio no departamento (Estado) de Pando, um dos nove do país, devido à "violência desmedida". Quinta-feira (11/09), na localidade de El Porvenir, um confronto entre manifestantes contrários e favoráveis ao presidente Evo Morales matou ao menos oito pessoas --informações extra-oficiais dão conta de que o número chega a 14.

De acordo com a agência de notícias Efe, na Bolívia, o estado de sítio, entre outros pontos, proíbe o porte de armas de fogo, armas brancas ou explosivos; e a circulação de grupos de mais de três pessoas e de veículos da 0h às 6h. Fica proibido ainda fazer reuniões políticas e deixar a região sem salvo-conduto.

O ministro de Defesa da Bolívia, Walker San Miguel, que anunciou o decreto de estado de sítio no departamento de Pando nesta sexta
O ministro de Defesa, Walker San Miguel, afirmou à imprensa, no Palácio do Governo, em La Paz, que o decreto visa "garantia a vida" e "os interesses da coletividade". Ele disse ainda que os mortos no confronto de ontem eram camponeses pró-Morales que foram atacados por um grupo armado de direita composto por "delinquentes, alguns estrangeiros".

"Pando vive momentos de terror e de violência desmedida", afirmou o ministro de Governo, Alfredo Rada. Segundo ele, o número de vítimas do confronto "é crescente".

O aeroporto da cidade de Cobija, capital de Pando, está ocupado por grupos anti-Morales e funcionários do governo local. Na tarde desta sexta-feira, de acordo com o site da rádio "El Erbol", militares armados conseguiram retomar controle do terminal.

Pando é um dos cinco departamentos do país que têm governadores de oposição. Neles, os protestos anti-Morales têm sido mais freqüentes e mais violentos. Os demais departamentos opositores são Santa Cruz de la Sierra, Beni, Tarija e Chuquisaca.

Os anti-Morales reivindicam que o governo devolva aos seus departamentos a renda oriunda do petróleo que, desde janeiro passado, é destinada a um programa nacional de assistência aos idosos. Eles rejeitam o projeto da nova Constituição e pedem autonomia.

Gás

Um dos principais problemas ocorridos durante a onda de manifestações contra o presidente foi o corte no bombeamento de gás natural para o Brasil e a Argentina. O Brasil passou a ter menos 10% de gás na quarta-feira (10/09), devido a danos em uma válvula de um gasoduto que fica na região de Yacuíba --para o governo, foi um "ato terrorista" dos opositores. No caso da Argentina, o problema foi a invasão, por manifestantes, de um campo de produção de gás da Chaco na região de Volta Grande.

Nesta sexta (12/09), o Ministério de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia anunciou a retomada do bombeamento de gás para ambos os países.

Conforme o vice-ministro de Comercialização de Hidrocarbonetos da Bolívia, William Donaire, nesta sexta, o país enviou mais de 30 milhões de metros cúbicos de gás ao Brasil --o normal seria entre 30 milhões e 31 milhões--; e 1,2 milhão de metros cúbicos à Argentina --o normal seria de 1,5 milhão a 2 milhões.

Crise diplomática

Na Bolívia, toda a crise política deu origem, agora, a uma crise diplomática. Na ocasião da descoberta dos danos que prejudicaram o envio de gás para o Brasil, Morales afirmou que os seus opositores contam com apoio dos Estados Unidos, porque têm idéias separatistas. Ele, então, expulsou o embaixador americano em La Paz, Philip Goldberg. No dia seguinte, Washington fez o mesmo com o embaixador boliviano Gustavo Guzman.

O problema piorou na quinta-feira (11/09), quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, decidiu expulsar de Caracas o embaixador americano Patrick Duddy --que, na realidade, já estava nos EUA havia alguns dias, de acordo com a agência de notícias Efe-- em solidariedade ao colega boliviano. Hoje, os EUA expulsaram o embaixador venezuelano em Washington, Bernardo Alvarez Herrera.

"Isso reflete a fraqueza e o desespero que desses líderes ao enfrentar problemas internos", disse porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack.

Militares

Chávez também complicou a situação de Morales ao dizer ontem, em mensagem transmitida pela TV estatal da Venezuela, que "se derrubarem ou matarem Evo", "os golpistas da Bolívia sabem que me dariam luz verde para apoiar qualquer movimento armado" naquele país. Os "golpistas" aos quais Chávez se refere são os grupos anti-Morales.

Os militares bolivianos reagiram. O comandante-em-chefe Luis Trigo declarou, também pela TV, que "as Forças Armadas rejeitam enfaticamente intervenções internacionais de qualquer tipo, não importa de onde venham".

(UOL Notícias, 12/09/2008)


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