O Ike está muito perto de se transformar em um perigoso furacão de categoria 3 antes de chegar ao litoral do estado americano do Texas, onde já provocou inundações devido a fortes ressacas, atemorizando a população.
Os ventos do Ike ganharam intensidade nas últimas horas, chegando a 175 km/h. O furacão se movimenta em sentido oeste a 20 km/h, e seu olho tocará terra nos arredores da cidade de Galveston, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) em seu último boletim, divulgado às 22h (de Brasília).
Os habitantes de Galveston (Texas) já registram as primeiras inundações e lembram com inquietação o desastre provocado por um furacão que destruiu a cidade em 1900.
O furacão de categoria 4 que arrasou Galveston há 108 anos é considerado o maior desastre na história dos Estados Unidos provocado por um fenômeno natural do tipo, já que morreram mais de seis mil pessoas, um quinto da população da cidade à época.
Da mesma forma que aquele furacão, o Ike pode ocasionar fortes ressacas e ondas de 3 a 5 metros que podem atingir as proximidades de Galveston.
As autoridades da cidade de Houston, no Texas, decretaram hoje toque de recolher em algumas regiões do município que estavam sob ordem de evacuação imediata diante da proximidade do Ike.
O toque de recolher foi emitido pelo prefeito, Bill White, e o juiz do condado de Harris, Ed Emmet, depois de milhares de moradores terem desobedecido o alerta de evacuação.
Fontes oficiais disseram que o toque de recolher ficará em vigor entre as 19h (locais) de sexta-feira e as 6h (locais) de sábado.
O governador do Texas, Rick Perry, mobilizou 7.500 membros da Guarda Nacional e declarou 88 condados como zona de desastre.
A intensidade e a periculosidade do Ike levaram as empresas petrolíferas que operam no Golfo do México a suspender cerca de 97% de sua produção, além de uma porcentagem similar no caso do gás natural.
Foram evacuadas 655 plataformas de extração, 78% das existentes na região, segundo o órgão regulador de exploração mineral dos EUA (MMS, em inglês).
(UOL Notícias, com informações da EFE, 13/09/2008)