Estudantes do Colégio Militar de Porto Alegre descobriram uma forma de transformar óleo de cozinha em biodiesel. O que era uma idéia de três alunos do Ensino Médio e da professora Maria Inês Melecchi virou um projeto apoiado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e certificado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2008.
A partir de testes com óleo residual da cozinha da escola, os adolescentes João Augusto Aguiar, Amanda Mello Hüther e Fernanda Luiza Buta começaram a fabricar combustível de diesel. No início, tiveram inclusive que driblar a falta de equipamentos para a produção: garrafões de vinho foram adaptados para servirem como decantadores e meias-calças se transformaram em filtros.
Eles contam que antes de obterem sucesso, tentaram chegar ao biocumbustível com outras matérias- primas, como o etanol. Mas foi com o óleo de cozinha que tiveram o melhor resultado.
– Hoje estamos produzindo 16 litros de biodiesel por semana. A idéia é aumentar a produção para chegarmos à auto-suficiência no abastecimento das viaturas da escola – estima Fernanda.
O projeto do Colégio Militar esteve exposto no estande Caminhos da Integração, da Emater, no parque Assis Brasil, em Esteio, durante a Expointer. No espaço, os produtores rurais puderam aprender a produzir biodiesel para abastecer os tanques de seus tratores e colheitadeiras.
(Zero Hora, 12/09/2008)