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termelétricas a gás gás natural na bolívia exploração de gás
2008-09-11
A Petrobras informou nesta quarta-feira (10) que a provisão de gás natural da Bolívia para o Brasil foi parcialmente afetada pela onda de violência e protestos que atinge o país. Uma explosão atingiu ontem um gasoduto da região de Yacuíba.

"Essas ações afetaram parcialmente a provisão de gás natural da Bolívia para o Brasil, até esse momento sem impacto para o abastecimento brasileiro", declarou a companhia estatal por meio de comunicado.

O governo boliviano atribui a autoria dos danos a grupos que são contrários ao presidente, Evo Morales, e que têm realizados protestos freqüentes, nos últimos dias. Os manifestantes negam a acusação.

Segundo a Petrobras, uma válvula de segurança do gasoduto da empresa Transierra --da qual fazem parte a Petrobras, a Andina-Repsol e a francesa Total-- foi bloqueada por manifestantes, e o campo de produção de Volta Grande foi ocupado e sua produção paralisada.

A Bolívia abastece mais da metade do mercado de gás natural do Brasil por meio do gasoduto, manuseado por uma empresa binacional, com capacidade nominal para transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia do combustível. O gás abastece mais da metade do mercado brasileiro e 60% do Estado de São Paulo.

Em nota, a Comgás, empresa responsável pelo abastecimento de gás natural em São Paulo, confirmou que ainda não registrou nenhuma redução e que, por enquanto, "o fornecimento a todos os clientes está normal".

Medidas
A Petrobras disse que adotou "medidas operacionais previstas em seu plano de contingência" para reduzir o impacto no abastecimento brasileiro. A empresa ressaltou que tenta recuperar o mais rápido possível os danos causados na válvula de segurança em Yacuíba.

Anteriormente, o presidente da YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), Santos Ramírez, afirmou que a exportação de gás seria reduzida em 10%.

Ramírez atribuiu o atentado a grupos de "paramilitares, fascistas e terroristas", supostamente organizados por forças opositoras que suscitaram uma onda de protestos sociais no leste e sul do país.

Uma fonte do setor petrolífero privado boliviano confirmou que hoje foi registrada uma "explosão" na válvula de um gasoduto do sul, entre os campos San Alberto e San Antonio, de onde sai a maioria do gás consumido por São Paulo.

Preocupação
O Brasil manifestou sua "grande preocupação" com os protestos na Bolívia contra o presidente Evo Morales. Em comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil disse que estão sendo tomadas as medidas necessárias para garantir o abastecimento de gás, sem definir quais seriam essas medidas.

Em Manaus, onde participou da inauguração da Feira Internacional da Amazônia, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o Brasil poderia colocar em prática um "plano de contingência" em caso de a provisão de gás natural da Bolívia falhar.

Para Lobão, até o momento não é possível quantificar a perda de gás não fornecido, mas afirmou a jornalistas que a situação "não cria problemas" porque o Brasil tem reservas e pode evitar o desabastecimento.

O plano de contingência em discussão inclui substituir a eletricidade de origem térmica pela de origem hídrica, desligar algumas centrais a gás e em "última hipótese", utilizar o próprio gás natural que a Petrobras reinjeta em suas jazidas para dirigi-lo ao mercado interno.

Protesto
O governo de Morales classificou o suposto ataque de manifestantes contra o gasoduto como "ato terrorista". Ontem, ministros já tinham afirmado que os protestos escondiam um golpe de Estado cívico-governista. Nesta quarta, Morales acusou os Estados Unidos de apoiar aqueles departamentos (Estados) que são separatistas e ordenou que o embaixador americano Philip Goldberg "retorne ao seu país com urgência".

Ontem, manifestantes já tinham invadido uma usina de distribuição de gás em Villamontes e tentado fechar as válvulas de abastecimento de gás ao Brasil. O dirigente do Centro Cívico em Villamontes, Felipe Moza, chegou a afirmar à agência de notícias France Presse que os manifestantes tinham conseguido fechar quatro válvulas, o que acabou desmentido.

Os grupos anti-Morales atuam principalmente nos departamentos (Estados) de governadores da oposição --Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca. Eles reivindicam que o governo federal devolva aos departamentos a renda oriunda do petróleo que, desde janeiro passado, é destinada a um programa nacional de assistência aos idosos.

Eles também rejeitam o projeto da nova Constituição proposto por Morales e reivindicam autonomia.

(Efe, Folha Online, 11/09/2008)

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