A Bancada do PT na Assembléia Legislativa gaúcha (AL-RS) considera lamentáveis as declarações proferidas pelo Ouvidor Geral da Secretaria de Segurança Pública, Adão Payane, em um programa de rádio na manhã desta quarta-feira (10/09), a respeito da conduta do deputado Dionilso Marcon. Destemperadas e fora de contexto, as palavras do ouvidor não refletem de forma alguma a realidade dos fatos que marcaram a audiência pública da Comissão Especial do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, ocorrida na última terça-feira (09/09) na Assembléia Legislativa para tratar do processo de criminalização a que estão submetidos os movimentos sociais no Rio Grande do Sul.
Muito diferente do que se espera de quem ocupa este cargo, a postura ouvidor serve apenas para reforçar o preconceito de alguns setores em relação aos que lutam pela justiça social, democratização do acesso à terra e inclusão sociais, bandeiras que caracterizam a atuação do deputado Marcon dentro e fora do parlamento.
Consideramos que as declarações do ouvidor não atingem apenas um mandato parlamentar, mas o conjunto do Legislativo, assim como se configuram numa clara tentativa de ataque á liberdade de expressão e opinião de toda a sociedade gaúcha. Não nos resta outra alternativa além de repudiar, veementemente, as afirmações carregadas de preconceito e autoritarismo. Esperamos, sinceramente, que o ranço ideológico que marcam suas palavras em relação ao nosso companheiro de bancada não funcione como impedimento para que ele ignore, no exercício de suas funções, a truculência, a violência e o abuso de autoridade que têm marcado a relação do governo do Estado com os movimentos sociais e os trabalhadores gaúchos.
(Por Raul Pont, deputado estadual e líder da Bancada do PT, AL-RS, 10/09/2008)