Foi realizado na última sexta-feira (05/09) o 1º Seminário de Resíduos dos Serviços de Saúde do Distrito Federal, que reúne profissionais da área de saúde para discutir o modelo de gestão desses resíduos. O evento foi coordenado pelo Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU) e conta com o apoio do Núcleo de Gestão Ambiental da Câmara (Ecocâmara), da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do DF e da Secretaria de Saúde do DF.
O evento debateu o novo modelo de gestão de resíduos que deverá ser implantado no Distrito Federal até o fim de 2008, quando o SLU não será mais responsável pela coleta e pelo tratamento dos resíduos de hospitais particulares, clínicas odontológicas, veterinárias e estabelecimentos que produzam resíduo infectante. "É preciso fazer cumprir o que estabelece a legislação vigente, responsabilizando o gerador pelo sistema de coleta, tratamento e destinação dos resíduos dos serviços de saúde", afirma a diretora-geral do SLU, Fátima Có.
Após o evento, será definido um prazo para os estabelecimentos de saúde se adaptarem à legislação e implantarem o programa de gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde.
Câmara é referência
No seminário, o Departamento Médico da Câmara dos Deputados (Demed) apresentou os resultados do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Saúde, que serve de referência para outros estabelecimentos médicos e hospitalares. Além dos cuidados ambientais, o modelo reduz os custos econômicos com incineração de materiais.
O programa diminuiu a quantidade de resíduos incinerados de 2 toneladas por mês para apenas 300 kg. Apenas os materiais com risco de contaminação (cerca de 15%) vão para o incinerador.
Antes do programa, todo o resíduo gerado no setor era considerado da área de saúde. "Isso causava um custo ambiental e financeiro muito grande, ao incinerar material não contaminado que pode ser reciclado", explica a assessora técnica do Ecocâmara Jacimara Guerra Machado.
A cada quatro meses, é feito um monitoramento por meio da pesagem de todos os resíduos durante uma semana e de análise quantitativa e qualitativa. "Papéis, copos plásticos, garrafas e outros resíduos comuns podem ir para reciclagem em vez de serem incinerados", ressalta a farmacêutica Silmara Gonçalves, que coordena o plano de gerenciamento de resíduos do Demed. "Com menos material incinerado, maior é a nossa contribuição para o meio ambiente."
(Agência Câmara, 05/09/2008)