A organização ecologista internacional Greenpeace propôs à União Europeia a criação de uma rede energética no Mar do Norte para abastecer 70 milhões de casas com a energia do vento. O projecto – com dez mil turbinas off-shore - ligaria a Inglaterra, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Holanda e Noruega.
Segundo o jornal “The Guardian”, os especialistas da Comissão Europeia terão ficado agradados com a ideia, ainda que com um entusiasmo contido. A proposta foi considerada “ambiciosa mas realista”.
A União Europeia comprometeu-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em 20 por cento, produzir 20 por cento de energias renováveis e reduzir 20 por cento nos consumos em 2020. Para cumprir o chamado “pacote 20/20/20” será necessário ter um terço da electricidade europeia oriunda de fontes renováveis. Um terço seria eólica e, por sua vez, um terço da eólica viria de parques off-shore.
A proposta implica a instalação de 68,4 gigawatts de capacidade em 118 parques no Mar do Norte, até 2020-2030. Esta aposta poderia fornecer 13 por cento do consumo eléctrico anual daqueles sete países.
Para a Greenpeace, esta rede, aliada a outras fontes renováveis como a energia das ondas e biomassa poderia erradicar a necessidade de investir no carvão e no nuclear.
(Ecsofera, 05/09/2008)