O deputado Frederico Antunes aguarda a confirmação de uma audiência com a ministra Dilma Rousseff para a semana que vem, quando será definido o destino da termelétrica da AES em Uruguaiana. Segundo o deputado, a decisão de transferir a usina para Manaus chegou a ser tomada, mas sucumbiu à pressão política. E será política a decisão de mantê-la no Estado, diz ele, acrescentando que só nessa hora Dilma Rousseff aparecerá, já que ela teria sido uma das avalistas da usina ao garantir que o fornecimento de gás argentino era firme e qualquer interrupção seria punida.
Das três alternativas, a preferida da Fronteira-Oeste é esta: a Petrobras abastecer um navio de GNL na costa argentina, onde ele seria transformado em gás puro e transportado por gasoduto à usina. A outra é boa para o Estado, mas não para a região: instalá-la entre a Refap e o Pólo Petroquímico, viabilizando a Termosul e um novo ponto de GNL em Tramandaí. A terceira, Manaus, é ruim para todos no RS.
POLÊMICANa defesa da usina termelétrica de Uruguaiana, Frederico Antunes pode comprar briga com os defensores da energia eólica. Para ele, é mais razoável garantir o gás para a AES, que geraria 650 MW de imediato, enquanto os projetos eólicos, de 750 MW, exigiriam o tempo de implantação. 'Precisamos conservar o que temos', argumenta.
(Denise Nunes,
Correio do Povo, 06/09/2008)