De cada seis estabelecimentos, apenas um é autorizado, segundo o sindicato da categoria no RS
A estimativa do Sindicato das Empresas Distribuidoras e Revendedoras de Gases em Geral do Estado (Singasul) escancara a falta de fiscalização no setor: de cada seis revendas de gás de cozinha existentes no Rio Grande do Sul (RS), somente uma é autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As outras cinco atuam de forma clandestina no mercado.
Segundo especialistas, a venda do produto adulterado pode causar uma explosão. O presidente do Singasul, Ronaldo Tonent, afirma que as empresas em situação irregular não cumprem as normas de segurança.
— Elas abastecem 50% da população, mas não têm alvará de funcionamento, não dão treinamento para os funcionários nem exigem curso de habilitação para o transporte de cargas perigosas — denuncia.
Dados da ANP mostram que 4.147 empresas têm registro como revendedores de Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) ou estão com processo em andamento no órgão. Pelos números do Singasul, os irregulares seriam em torno de 20.735. Na Capital, 123 são autorizadas contra 615 supostamente ilegais.
Nesta quinta-feira a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) fez uma ação fiscal de rotina, mas não identificou irregularidade na venda de botijões.
De acordo com o chefe da fiscalização Rogério Teixeira Stockey, este ano nove empresas foram autuadas por falta de alvará e outras oito por alvará em desacordo.
— Algumas estão habilitadas para vender botijões de uma classe e acabam vendendo de outras também — explica Rogério.
(Por Eduardo Rodrigues, Zero Hora, 04/09/2008)